Manuela Dias responde em meio a repercussão de desabafo de Taís Araújo

A repercussão em torno do rumo da personagem Raquel no remake de Vale Tudo continua movimentando as redes sociais. Depois do desabafo de Taís Araújo, que interpreta a protagonista, a autora Manuela Dias também se posicionou.

Manuela Dias e Taís Araujo

A repercussão em torno do rumo da personagem Raquel no remake de Vale Tudo continua movimentando as redes sociais. Depois do desabafo de Taís Araújo, que interpreta a protagonista, a autora Manuela Dias também se posicionou.Na última quinta-feira (28/8), a roteirista compartilhou em seu perfil do Instagram um elogio feito pela jornalista Vera Magalhães ao desempenho de Humberto Carrão como Afonso. O personagem recentemente descobriu as armações da mãe, Odete Roitman (Debora Bloch), e da ex-esposa, Maria de Fátima (Bella Campos).“Dois capítulos todinhos de Afonso. É a chance não só de desenvolver esse personagem, mas de Humberto Carrão brilhar. Textões em todas as cenas, Manuella Dias”, escreveu a comunicadora.Ao replicar a publicação, a autora destacou: “Esse olhar que vale ouro”.A reação de Manuela veio horas após Taís Araújo manifestar frustração com os rumos de Raquel. Em entrevista à revista Quem, a atriz disse ter se surpreendido ao ver a personagem perder tudo e voltar a vender sanduíches na praia.“Esse momento da Raquel voltar a vender sanduíche na praia, confesso que recebi com um susto. Porque não era a trama original. Então, para mim, a Raquel ia numa curva ascendente. Quando vi aquilo, falei: ‘Ué, vai voltar para a praia, gente’. Aí eu entendi e também falei: ‘OK, mas ela está escrevendo uma parte da história’. Vamos embora fazer”, explicou.A artista ressaltou que esperava uma nova narrativa para retratar mulheres negras na televisão.“Também tinha a esperança disso e gostaria muito de vê-la assim. Como mulher negra, como artista negra, de ver uma outra narrativa sobre mulheres negras”, afirmou.Para Taís, a personagem carregava simbolismo desde o início:“Quando peguei a Raquel para fazer, falei: ‘Cara, a narrativa dessa mulher é a cara do Brasil. E ela vai ter uma ascensão social a partir do trabalho. Vai ser linda e ela vai ascender e ela vai permanecer’. Isso vai ser uma narrativa muito nova do que a gente vê sobre a representação da mulher negra na teledramaturgia brasileira. Quando vejo que isso não aconteceu, como uma artista que quer contar uma nova narrativa de país, e a dramaturgia proporciona isso, confesso que fico triste e frustrada”.A atriz reforçou ainda que o público espera mudanças na representação:“É urgente que a gente se veja nesse lugar. E acho que a Raquel tinha todas as possibilidades de contar essa nova narrativa dessa mulher. E quando li, pensei: ‘Ai, meu Deus, não vai ter? Não, não vai ter’. Tenho que lidar com a realidade que me cabe, que é a de uma intérprete, de uma personagem que não é escrita por mim”.

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