Bolsonaro tem monitoramento policial reforçado pelo STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a uma solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou aumento no monitoramento da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. A decisão ocorreu na terça-feira, 26 de agosto, diante da preocupação da PGR sobre a possibilidade de fuga.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a uma solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou aumento no monitoramento da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. A decisão ocorreu na terça-feira, 26 de agosto, diante da preocupação da PGR sobre a possibilidade de fuga.A Polícia Penal do Distrito Federal assumiu a responsabilidade de realizar o acompanhamento permanente do ex-mandatário. Em sua decisão, Moraes destacou, em síntese: “Considerando a proximidade do julgamento de mérito da AP 2.668/DF e o fundado quanto à suficiência das medidas cautelares decretadas, verifica-se adequado e necessário o monitoramento do réu e investigado Jair Messias Bolsonaro, em complemento às medidas cautelares impostas e referendadas pela Primeira Turma desta Suprema Corte, de modo a assegurar a aplicação da lei penal”.O ministro também determinou que os agentes atuem de forma discreta. Ele deixou a critério da Polícia Penal a escolha do uso de uniformes e armamento.No sábado, 16 de agosto, Bolsonaro deixou a prisão domiciliar para passar por exames médicos em Brasília, logo após autorização de Alexandre de Moraes. Ele recebeu alta ainda no mesmo dia. Segundo o boletim médico, os exames identificaram esofagite e gastrite, além de “imagem residual de infecções pulmonares recentes”, possivelmente relacionadas a episódios de broncoaspiração. A família relatou que ele apresentava crises de soluços e falta de ar, o que motivou a avaliação hospitalar.Os médicos posteriormente recomendaram tratamento contínuo com foco em refluxo, hipertensão arterial e medidas preventivas para evitar novas broncoaspirações. O exame constatou ainda resquícios de infecções pulmonares e persistência de inflamações no esôfago e no estômago, exigindo acompanhamento com medicamentos. Essa foi a primeira vez que Bolsonaro deixou sua casa desde 4 de agosto, quando começou a cumprir prisão domiciliar por descumprir medidas cautelares.Entre as restrições aplicadas estão uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e nos fins de semana, além de proibição de visitas, salvo familiares e advogados autorizados. Também não pode usar redes sociais ou celulares.Na saída do hospital, Bolsonaro não falou com a imprensa e recebeu orações de apoiadores presentes. A defesa do ex-presidente terá até 48 horas para apresentar o atestado médico ao STF, conforme determinação de Moraes.

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