Defesa de Virginia diz que “histeria” gerou cancelamentos de pedidos na empresa, revela colunista
Influenciadora tem lives da WePink proibidas pela Justiça de Goiás; tentativa de reversão é negada
Os advogados de Virginia Fonseca solicitaram à Justiça de Goiás a suspensão da proibição de realizar lives de vendas da WePink, argumentando que a liminar provocou uma “histeria generalizada” entre consumidores e gerou um aumento abrupto de cancelamentos. Segundo a defesa, em apenas 11 dias, a marca registrou 6.102 cancelamentos, o que representaria 68,86% do total contabilizado em agosto.+ Virgínia pretende reivindicar sua parte nos direitos autorais das músicas lançadas por Zé Felipe durante o casamento, diz colunista O juiz F. A. de Aragão Fernandes rejeitou o pedido. Em decisão publicada na quinta-feira (30/10), o magistrado destacou que os dados apresentados não podem ser desconsiderados. “Segundo os dados [apresentados pela defesa], nos últimos seis meses foram registradas 32.446 reclamações em todo território nacional, o que representa uma média mensal de 5.407 reclamações e uma média diária de 180. Ao contrário do que alegam, referido número de consumidores lesados não pode ser considerado desprezível. Conferem densidade às alegações de práticas abusivas, em convincente desrespeito às normas protetivas do Código de Defesa do Consumidor”, afirmou.A proibição foi determinada após o Ministério Público de Goiás (MPGO) ingressar com pedido de tutela de urgência em 13 de outubro, alegando que Virginia não poderia realizar lives ou outras ações publicitárias de vendas virtuais da WePink. O MPGO anexou ao processo prints das publicações promocionais feitas pela influenciadora.A ação civil pública do MPGO contra a WePink foi aberta devido a mais de 120 mil reclamações registradas em menos de dois anos. A empresa tentou revogar a liminar alegando que os dados do Ministério Público estavam desatualizados e que possuía autorização do Ministério da Fazenda para realizar lives nos dias 18 e 19 de outubro. No entanto, a juíza Tatianne Marcella Mendes Rosa Borges Mustafa manteve a decisão, reforçando a necessidade de garantir a proteção do consumidor e o cumprimento das normas legais.+ Defesa da empresa de Virginia faz pedido de retratação após MP apontar descumprimento de liminar O caso segue como um dos principais desafios jurídicos da influenciadora, que agora precisará aguardar novas movimentações da Justiça antes de retomar suas transmissões online.
