Biografia Rainha Elizabeth II: morre a mais longeva monarca britânica

A(1952 –2022 ) foi coroada Chefe de Estado, Chefe da Commonwealth e Governadora Suprema da Igreja da Inglaterra em 1952. Foi a monarca britânica mais antiga e presidiu por 72 anos mudanças contínuas tanto na Família Real, na Grã-Bretanha e na Commonwealth (Comunidade Britânica de Nações).

Elizabeth era a filha mais velha do príncipe Albert, duque de York (mais tarde George VI) e sua esposa Elizabeth (mais tarde conhecida como a rainha-mãe). Seu pai, o príncipe Albert, foi o segundo na linha de sucessão ao trono até que seu irmão mais velho, Eduardo VIII, abdicou em 1936 – empurrando o tímido príncipe Albert para um inesperado papel de rei. O rei George VI aceitou o desafio, embora tenha morrido no início de 1952.

Elizabeth foi educada em casa, junto com sua irmã, a princesa Margaret. Durante a Segunda Guerra Mundial, elas se mudaram para Balmoral e depois para o Castelo de Windsor. No final da guerra, em 1945, Elizabeth ingressou no Serviço Territorial Auxiliar Real Feminino, onde serviu como motorista e mecânica. Após a guerra, ela assumiu cada vez mais seu papel de prestar serviço público e fez sua primeira viagem ao exterior para a África do Sul em 1947. Pouco antes de completar 21 anos, ela disse:

“Declaro diante de todos vocês que toda a minha vida, seja longa ou curta, será dedicada ao seu serviço e ao serviço de nossa grande família imperial, à qual todos pertencemos.”

CASAMENTO E FILHOS

Em 1947, Elizabeth se casou com o príncipe Philip da Grécia e Dinamarca em uma cerimônia em Westminster. Eles se conheciam há vários anos. Alguns se opuseram à união por causa de seus laços estrangeiros, mas isso foi superado por seu serviço na Marinha Real.

Elizabeth deu à luz seu primeiro filho em 1948 – . Eles tiveram quatro filhos no total. (Charles, Anne, Andrew, Edward).

Em 1952, seu pai George VI morreu e Elizabeth foi coroada rainha com entusiasmo generalizado. Sua coroação estabeleceu recordes de TV em todo o mundo e parecia inaugurar uma nova era para a monarquia e a Comunidade Britânica. As notícias de Edmund Hilary chegando ao pico do Monte Everest foram adiadas para coincidir com sua coroação. Parecia um fim simbólico para a austeridade do pós-guerra.

ERA DE OURO

A década de 1950 é considerada a idade de ouro para a rainha. O respeito à família real já era alto, e a jovem Elizabeth parecia a princesa dos contos de fadas. No entanto, ao longo das próximas décadas, a mudança social generalizada viu um declínio nas atitudes tradicionais em relação à monarquia. Além disso, a nova era da TV e o intenso escrutínio da mídia levaram a muitas manchetes desfavoráveis, pois seus filhos foram apanhados em problemas conjugais e escândalos relacionados.

No entanto, ainda havia pontos altos para a Família Real, como seu ‘Jubileu de Prata’ em 1977 e o casamento do príncipe Charles e Lady Diana em 1981. Na década de 1990, a mídia tinha um fascínio generalizado por Diana , mas como seu casamento acabou, a rainha foi cada vez mais percebida como fora de contato. Em 1992, ela declarou que o ano foi seu ‘ annus horribilus ‘ e enfrentou manchetes da mídia dominadas pelo rompimento do casamento de Charles e Diana, infidelidade, um incêndio em Windsor e outras críticas à família real.

“1992 não é um ano em que olharei para trás com puro prazer. Nas palavras de um dos meus correspondentes mais simpáticos, acabou por ser um ‘ Annus Horribilis ‘.”

MORTE DE DIANA

Em 1996, a princesa e, temporariamente, houve consternação pública quando a rainha se mostrou distante e se recusou a hastear a bandeira a meio mastro. Assim que a rainha expressou admiração pela princesa Diana, a hostilidade evaporou. No entanto, a relação entre a princesa Diana e a rainha foi sempre descrita como ‘legal’ ou ‘formal’.

A rainha colocou grande ênfase em seu trabalho para unir a Commonwealth – um trabalho difícil no período pós-guerra, pois a descolonização levou a muitos problemas diferentes. No entanto, ela recebeu elogios generalizados, e muitos reconheceram que ela era uma presença realmente unificadora nas reuniões da Commonwealth. Em discurso nas Nações Unidas, em 2010, ela falou sobre a importância dos países trabalharem juntos:

“No mundo de amanhã, todos devemos trabalhar juntos como sempre, se quisermos realmente ser as Nações Unidas.”

A VOLTA DA POPULARIDADE

Após as dificuldades da década de 1990, a década de 2000 viu um ressurgimento em sua popularidade, pois a Família Real colocou muitas dificuldades para trás e os seus atos foram reconhecidos pela imprensa. Se 1992 foi seu annus horribilus , 2012, talvez tenha sido seu annus mirabilis (ano maravilhoso). Em primeiro lugar, em abril, o príncipe com grande entusiasmo público. Então, no verão, seu Jubileu de Ouro foi amplamente celebrado e popular, apesar do clima úmido. Finalmente, em julho de 2012, ela participou da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Londres – que foi um grande sucesso global.

Durante seu tempo como Chefe de Estado, a Rainha Elizabeth procurou se abster de interferir em questões políticas e fornecer uma influência moderadora na nação.

“Somos um povo moderado, pragmático, mais confortável com a prática do que com a teoria”, declarou em 30 de abril de 2002.

RESPEITO A TODAS AS RELIGIÕES

. No entanto, em seu papel como chefe da Igreja da Inglaterra, declarou estar comprometida em proteger os direitos de todas as diferentes religiões.

“O conceito de nossa Igreja estabelecida é ocasionalmente mal compreendido e, acredito, comumente subestimado. Seu papel não é defender o anglicanismo com a exclusão de outras religiões. Em vez disso, a Igreja tem o dever de proteger a livre prática de todas as religiões neste país”, declarou um discurso no Lambeth Palace, em 15/02/2012.

A rainha Elizabeth II viveu o mais longo da Grã-Bretanha e morreu em 08 de setembro de 2022  aos 96 anos.

Membros da família real correram para o castelo de Balmoral, a propriedade escocesa da rainha, onde ela tradicionalmente passava o final do verão, quando a gravidade de sua condição ficou informada.

“O rei [Charles III] e a rainha consorte [Camila] permanecerão em Balmoral esta noite e retornarão a Londres amanhã”, informou a Casa Real britânica.

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