Andreas Kisser relembra ltimos momentos com a esposa, Patricia, que morreu em julho

Andreas Kisser, da banda Sepultura, relembrou durante participao no programa Conversa com Bial, os ltimos momentos que teve com sua esposa, Patricia Kisser, que morreu em julho deste ano, aos 52 anos de idade.

Patricia, que era mdica, tinha cncer de clon e, alm do marido, deixou trs filhos:Enzo, Giulia e Yohan. Andreas lembra que, quando soube da piora no estado de sade da mulher, estava em turn na Europa com a banda e rapidamente retornou ao Brasil. ‘A mdica me mandou uma mensagem dizendo que queria falar comigo […]. Liguei para a mdica, e ela disse ‘a coisa est assim, seria melhor que voc estivesse aqui’ […].’, relatou o msico.

‘Muito rapidamente o Sepultura organizou outro guitarrista para continuar a turn[…]. E eu voltei. Quando cheguei fiquei dois dias maravilhosos com ela […], mas estava com as mquinas. Estavam, na verdade, desmamando ela das mquinas para ver como ela reagiria’, contou ele durante a conversa.

‘O caso dela era um caso clssico de eutansia’

De acordo com Andreas Kisser, o caso de Patrcia era irreversvel e, para evitar toda a dor que ela sentia, o ideal seria a prtica da eutansia, algo que no legal no Brasil.

‘Cheguei numa segunda-feira e, infelizmente, na quarta-feira ela deu uma cada, e, a partir dali, a coisa no voltou mais. As notcias ficaram pesadas. Tive que ouvir que a situao era irreversvel, que teria de entrar a equipe do paliativo. A Patricia estava consciente at o fim, o caso dela era um caso clssico de eutansia.’, afirmou.

‘Se tivssemos isso na lei brasileira legalmente, poderamos ter utilizado esse artifcio na situao dela, porque ela estava consciente, no aguentava mais, o corpo no aguentava mais, uma situao irreversvel’, explicou o artista.

Festival beneficente em homenagem Patricia Kisser

Durante o bate-papo com Pedro Bial, Andreas tambm comentou sobre o PatFest, festival beneficente que acontece em homenagem Patrcia, no prximo dia 28 de setembro, em So Paulo. O objetivo arrecadar renda para a comunidade compassiva.

‘O PatFest uma semente que queremos plantar para trazermos o assunto morte tona, e as possibilidades de morte que a gente pode ter na vida, como o testamento vital, comunidade compassivo, tudo isso que eu no sabia’, detalhou Andreas.

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