Cid Moreira analisa JN com William Bonner e fala de experiência nas redes sociais
Cid Moreira conversou com o RD1, com exclusividade, e aproveitou para falar sobre sua carreira. O dono do vozeirão que marcou o Jornal Nacional relembrou seus anos na bancada do principal noticiário do país e deu seu parecer sobre a permanência de William Bonner no telejornal.
Cid Moreira, que vem mostrando seu lado mais divertido no Instagram, também comentou o compartilhamento de momentos pessoais com seus fãs e ainda revelou se está contratado pela Globo.
RD1 – Sua entrada nas redes sociais humanizou sua imagem e trouxe seu lado menos “engessado” daquele jornalista do Jornal Nacional. Como vem sendo este momento para você na internet?
Cid Moreira – Ah, uma maravilha. Agora estou livre, leve e solto. Estou criando mais, pensando mais e me divertindo. Até o contato é mais próximo do público. Totalmente.
RD1 – O atual modelo de telejornalismo (Fantástico, Jornal Nacional, Jornal Hoje, Bom Dia Brasil e Praça) mudou bastante. Como você vê e avalia esses formatos mais informais ao trazerem informação?
Cid Moreira – Eu acho muito legal [esses formatos mais leves de telejornais]. Como dizia Lavousier: ‘No mundo nada se perde, tudo se transforma’. Então, é isso que está acontecendo. Está tudo mais bonito, mais leve e solto.
RD1 – Você segue contratado da Globo com o contrato renovado recentemente, inclusive. Há alguns anos você fazia reportagens especiais para o Fantástico [narrações de quadros com grande sucesso como o clássico Mister M]. Atualmente, não se vê mais o Cid Moreira na Globo. O que houve? Não lhe chamam mais para reportagens ou narrativas especiais? É um desejo seu?
Cid Moreira – Eu estou aqui, praticamente, de plantão. Estou disposto a fazer qualquer coisa, afinal de contas, vamos levar em consideração meus 92 [anos], então, quanto menos eu fizer, está ótimo, né. O contrato tem um carinho com a minha história. Estou fazendo comerciais na TV, internet e rádio. Estou liberado pelo contrato [com a Globo] para fazer comerciais.
RD1 – Como é o seu dia a dia e o que gosta de fazer nas horas vagas? Lê sobre qual assunto e assiste o que na TV (aberta e fechada)?
Cid Moreira – Bem, atualmente, estou me dedicando profundamente, a estudar poemas. Estou gravando poemas e é isso que eu faço o dia inteiro tentando me adequar e entender os poetas. Mas eu faço a minha caminhada, a minha ginástica e assisto também os jornais e leio jornais. Não consigo me livrar do papel. Tenho a assinatura do jornal O Globo. Mas passo o dia todo estudando e dando uma olhadinha no que está acontecendo no mundo, pela internet.
Eu faço pilates e caminho, diariamente, 40 minutos na esteira. Eu gravo, também, para o YouTube e Instagram, que dá um trabalho. Sempre estamos pensando [junto com a esposa, Fátima Sampaio] um conteúdo legal para as redes sociais. Sempre que posso, deixo uma mensagem bonita para quem está acompanhando. Fazer YouTube e Instagram, dá trabalho.
RD1 – Seu livro, Boa Noite, escrito pela jornalista Fátima Sampaio Moreira (sua esposa) traz toda biografia desde o começo até a consagração como âncora do Jornal Nacional, por décadas. O livro fala, também, da vida do Cid Moreira locutor. Além de seus trabalhos na narração, não há vontade de fazer um programa de rádio, talvez pela internet? Não há a ideia de um projeto para que você entreviste as pessoas em um canal no YouTube como fazem outros jornalistas?
Cid Moreira – Bem, eu acho que devagar, eu chego lá. Estou pensando, sim, em fazer minhas entrevistas. Tem muita coisa no YouTube que eu não conquistei, mas primeiro vamos reconquistar tudo isso que está aí como ovelha desgarrada [o jornalista fala de perfis falsos que levam seu nome e ganham seguidores de forma enganosa]. Para 2020, teremos um canal novo com bastante leveza e muitas novidades.
RD1 – Como você avaliou esse especial de 50 anos do Jornal Nacional? Dessa turma de todas as afiliadas, consegue identificar ou torcer para que algum jornalista seja aproveitado pela cabeça de rede?
Cid Moreira – Falando sinceramente, não [conheço muitos apresentadores do rodízio do Jornal Nacional]. O que eu conheço mais é o de Santa Catarina. O [Mário] Motta. Mottinha. Gostamos muito dele, é uma pessoa sensacional. Conheci os pais dele no rádio. Ele é uma pessoa muito boa e sensacional. Um grande profissional. Os demais eu só conheço pelo JN mesmo.
RD1 – O Sergio Chapelin se aposentou recentemente. Já marcaram de se encontrar para colocar o papo em dia? O que achou de Sandra Annenberg e Glória Maria no Globo Repórter?
Cid Moreira – A Sandra e a Glória estão muito bem nessa nova fase e eu desejo que tenham um grande sucesso como já tiveram em outras fases. O Chapelin é uma pessoa sensacional, mas gosta de ficar lá no sítio dele tirando leite da vaca. Mas qualquer hora, vou fazer uma visita a ele lá.
RD1 – Qual a avaliação que faz da chegada da CNN Brasil? Consegue enxergar alguma ameaça à liderança da Globo News? A Record News tentou e não conseguiu…
Cid Moreira – Eu acho que a concorrência no mundo sempre existiu e é até saudável, pois as demais sempre ficarão querendo melhorar o conteúdo, imagem e tudo. Quem ganha, com isso, é o público.
RD1 – Como você avalia a atuação, nesses 23 anos, do William Bonner na bancada? Tem a mesma opinião de grande parte da Globo, que diz que o Bonner “aguenta” pelo menos mais 15 anos?
Cid Moreira – Eu acho que, levando-se em consideração a idade dele, comparando com a minha idade – eu fiquei 27 anos na bancada do Jornal Nacional – e ele tem tudo pra bater o meu recorde. Eu fui Guinnes Book e ele tem toda condição para bater o meu recorde: tem imagem, tem voz, tem tudo para bater o meu recorde e eu desejo isso a ele.
RD1 – Você marcou ao narrar a Bíblia Sagrada. Há, por agora, algum projeto nesse estilo?
Cid Moreira – Sim, perfeitamente. Estou gravando, e vai, não só para o Instagram, mas como o YouTube também, fazendo com imagem. Como eu me comprometi – eu tenho um compromisso de levar a Bíblia até o último dia da minha vida, e estou fazendo isso com toda a minha satisfação.
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