José de Abreu entra com três processos contra Cássia Kis, por homofobia

fotomontagem de josé de abreu em um lugar ao sol e cássia kis em travessia

tem causado muita polêmica nos últimos dias por conta de seu , além de , e se depender de alguns artistas, terá que pagar pelo ato.

De acordo com o site NaTelinha, , vilão em “” e colega de TV Globo da atriz, presente no elenco de “”, entrou com três processos contra as falas homofóbicas e transfóbicas, e comentou sobre o que o motivou a tomar essa decisão.

“Em primeiro lugar me relaciono profissional, social e afetivamente com pessoas LGBTQIA+ há anos. Além disso tenho uma filha trans e o Brasil é o país que mais mata trans no mundo. Fiquei chocado com o que ela disse, me uni a algumas entidades de defesa de direitos para que ela pague pelo crime que cometeu”, afirmou ele. “Num momento em que a Globo criou uma Diretoria de Diversidade e ela vai de encontro a isso”

Em seguida, o ator citou um suposto episódio de agressão envolvendo a atriz: “Quanto ao clima na Globo obviamente é de espanto, ela agrediu centenas de colegas em todos os departamentos. […] Como trabalhamos em novelas diferentes, não sei muito bem o que ocorre lá e não me interessa muito. O fato é que ela cometeu um crime e tem que responder por ele”.

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OUTROS PROCESSOS POR LGBTFOBIA

Antes de José de Abreu, o Grupo Arco-Íris, ONG que zela pelos direitos da população LGBTQIA+, durante entrevista para o canal da jornalista Leda Nagle, no YouTube.

Na conversa, já noticiada pelo OFuxico, a veterana declarou que casais homoafetivos “não dão filho”, e que pretendem “destruir a família” e “destruir a vida humana”. A atriz afirmou que “não existe mais o homem e a mulher, mas a mulher com mulher e homem com homem”. E que “essa ideologia de gênero que já está nas escolas quer destruir a família”, disse Cássia para Leda.

Na ação pública, a ONG repudiou as declarações da atriz. Cláudio Nascimento, presidente do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+ e diretor de políticas públicas da Aliança Nacional LGBTI+, falou à revista Quem a respeito do assunto. Ele contou à publicação que eles pedem uma indenização coletiva no valor de R$ 250 mil, que seria destinada a programas de combate à LGBTfobia no meio cultural. Uma notícia-crime também foi apresentada à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, que poderia render uma ação penal contra a atriz.

“Apresentamos uma queixa-crime. Fomos à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI) depois do discurso extremamente odioso, de ataque e de estímulo ao ódio da Cássia à comunidade LGBTI+. Isso nos deixou perplexos. Eu, pessoalmente, achei tão agressivo, criminoso e horrendo, que assisti à entrevista cinco vezes para ver se era a Cássia Kis mesmo”, contou Cláudio.

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POSSÍVEL ABERTURA DE AÇÃO PENAL

Carlos Nicodemos, advogado da ONG Arco Íris, informou ainda que pede que seja apurada a ocorrência de crime por parte de Cássia, com a possível abertura de ação penal.

“Entramos com um pedido de ação indenizatória, uma ação civil pública, porque o que ela falou tem reflexo na sociedade como um todo. As falas dela ajudam a alimentar o ódio e o preconceito. Ela é uma atriz muito conhecida e o que ela fala tem um impacto enorme na sociedade. Tanto de ponto de vista de estimular o preconceito quanto no de provocar as pessoas LGBTI+, que ainda estão no processo de descoberta e aceitação, algo terrível para o diálogo com suas famílias”, explicou o advogado.

E acrescentou. “A indenização pedida, no valor de R$ 250 mil, tem como objetivo implementar projetos de formação sobre diversidade e preparar artistas novos sobre o respeito à diversidade. Queremos fazer uma campanha de não discriminação à comunidade LGBTI+, em prol da diversidade e contra o preconceito. Ainda pedimos que ela venha a público se retratar na sociedade em relação às declarações”, finalizou.

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