Troféu Raça Negra premia Mc Soffia, Dilma Rousseff, entre outras mulheres

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A Sala São Paulo, prédio histórico da região central da capital paulista, recebeu o Troféu Raça Negra na noite desta segunda-feira, 21 de novembro. Com o intuito de promover e valorizar atitudes que enalteçam a cultura afro-brasileira ou de alguma forma contribua para a igualdade racial, diversas celebridades passaram por lá.

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Apresentado por Maria Gal e , a premiação contou com apresentação musical de Paula Lima, , Leci Brandão, além de entregar troféus para Mc Soffia, a ex-jogadora de vôlei Fofão, a atriz Aline Borges, entre outras celebridades.

Ainda receberam troféus personalidades políticas. Dilma Rousseff, Simone Tebet, Marina Silva e Marta Suplicy. Todas incluídas como nomes que colaboraram para a igualdade racial de alguma forma.

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O Troféu Raça Negra chegou à sua 20ª edição em 2022. Promovido pela Afrobras, é uma das ações instituições da Organização Não-Governamental. No site da ONG, a descrição do evento é bastante clara. Ademais, é importante destacar que ele acontece todos os anos no Dia da Consciência Negra.

“Personalidades e autoridades negras e não negras, nacionais e internacionais, são premiadas por exaltar, enaltecer e divulgar o valor das iniciativas, ações, gestos, posturas, atitudes, trajetórias e realizações que tenham contribuído para aprofundamento e ampliação da valorização da raça negra”, descreve a instituição.

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A organização ainda considera “justo e oportuno” dar voz e reconhecimento às atitudes que valorizam o poder da cultura negra e das atitudes políticas de combate ao racismo e construção de igualdade racial em nosso país:

“Trata-se de um reconhecimento justo e oportuno aqueles que têm contribuído constantemente pela luta em favor da igualdade racial. A iniciativa do Troféu Raça Negra é reconhecida internacionalmente e já faz parte do calendário da cidade de São Paulo”.

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A direção do evento ficou por conta do cantor, compositor e produtor Simoninha. Enquanto isso, a direção geral foi assinada pelo produtor artístico Eduardo Acaiabe.

A primeira edição do Troféu ocorreu no ano 2000 e, depois, em 2004, na comemoração do 450º aniversário da capital paulista. A partir de então, o evento se tornou anual. Em 2008, entrou oficialmente para o calendário da cidade de São Paulo com o objetivo de reconhecer e enaltecer pessoas que contribuem em diversas atividades, propiciando às futuras gerações o registro da determinação, trabalho, perseverança e exemplo público na construção de uma sociedade mais plural.

Ao longo dos anos, o Troféu foi concedido a personalidades como Cartola, Milton Nascimento, Mano Brown, Zezé Motta, Elza Soares, Martinho da Vila, Emílio Santiago, Martin Luther King Jr., Jair Rodrigues, Wilson Simonal, Preta Gil, Ludmila e Jonathan Azevedo.

CONSCIÊNCIA NEGRA

O Dia da Consciência Negra serve para celebrar e relembrar a luta dos pretos contra a opressão. Apesar de já existir uma lei contra o racismo e de cotas raciais, infelizmente, ainda falta muito para que nossa sociedade seja considerada justa e igualitária, já que o racismo ainda é muito presente no cotidiano, até mesmo nos detalhes.

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Pensando nisso, nós do OFuxico separamos uma lista com alguns pretos famosos, que inspiram muitas pessoas.

CONFIRA!

Taís Araujo

 nunca se deixou de se posicionar quando o assunto é racismo. Em sua conta no Instagram, a atriz que está no ar como a Clarice e Anita de “Cara e Coragem”, da Rede Globo, compartilhou uma série de fotos em que personalidades negras aparecem em capas de revistas.

“O Brasil e o mundo que eu quero não só em novembro e dezembro, mas de janeiro a janeiro. Quem concorda, respira”, escreveu ela.

Lázaro Ramos

, marido de Taís Araujo, também é um artista muito importante na pauta antirracista. Lázaro dirigiu o filme “Medida Provisória”, que trata sobre o preconceito racial.

Além disso, em uma entrevista para a Época, o artista afirmou que o racismo deveria ser uma pauta de todos. “O crime perfeito é aquele que só a vítima vê. E, às vezes, tem gente que vê e finge que não vê. É muito complexa essa questão. Porque, às vezes, quando uma pessoa se sente ofendida ou discriminada, e vai tentar expressar isso, há uma tentativa de silenciar. Ainda não conseguimos diagnosticar com exatidão o nosso racismo, porque tentam silenciar quem sofre com ele e tenta expressar. A resposta vem mais dura ainda e não se estabelece o diálogo. A gente precisa olhar para o racismo brasileiro, precisa diagnosticar e conversar sobre esse assunto. E, principalmente, a gente precisa saber que esse assunto não interessa apenas ao negro. A gente quer uma nação mais igual para todos, onde a gente possa expressar nosso afeto. A gente fica falando de racismo como se fosse uma demanda social, mas, para mim, trata-se também de uma questão de afeto. Como eu te afeto, como você me afeta e, a partir daí, como a gente se relaciona”, afirmou.

Iza

é uma das principais representantes da comunidade negra e inspira muitas meninas. Em uma entrevista para o “Altas Horas”, da Rede Globo, a cantora comentou sobre o fato de ter se submetida ao alisamento capilar ainda muito nova.

“A gente aprende que nosso cabelo não é aceito pela sociedade, que tem alguma coisa de errado e você tem que consertar. Eu passei grande parte da minha vida alisando o cabelo e tenho certeza de que isso faz parte da realidade de muitas meninas negras. Isso é muito doloroso. Pensar, por exemplo, que eu me submeti à química capilar aos 12 anos como uma tentativa de deixar de ser alvo dos comentários racistas que ouvia na escola. É impagável você andar na rua, ver uma outra menina de cabelo crespo e ela sorrir para você sem nem te conhecer. A gente acaba se ajudando nesse sentido. É dessa forma que temos que nos olhar mesmo, com orgulho, porque não tem nada de errado. A gente é muito bonito, sim”, disse ela.

Ludmilla

 também é uma importante representante do movimento negro e sofre racismo diariamente. Em uma entrevista para o Hugo Gloss, a cantora desabafou sobre os ataques que recebe.

“É muito complicado você ter que se afirmar toda hora, você ter que provar toda hora que merece estar ali. E chegou uma hora que eu não quis mais provar que eu merecia estar ali, sabe. Eu só faço e eu estou ali porque eu sou isso, eu não tenho mais nada que provar para essas pessoas. E eu quis deixar aqueles áudios para o Brasil inteiro saber o que eu passo, o que eu enfrento. E, às vezes, algumas pessoas não entendem algumas atitudes minhas. Mas é tipo só a pontinha do iceberg de tudo o que acontece comigo nos bastidores”, disse ela.

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