Romulo Estrela sobre atuar em ‘Travessia’: ‘Era um sonho’

Romulo Estrela durante Conversa Com Bial

Na última segunda-feira, 21 de novembro, participou do programa “Conversa Com Bial”, apresentado por na Rede Globo.

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Atualmente, o ator está no ar como o Oto de “Travessia” e comentou sobre a emoção de gravar algumas cenas em São Luís, sua cidade natal. Além disso, Romulo revelou que sempre foi um sonho participar de uma novela na faixa das 21h.

“Eu fiquei hospedado na casa dos meus pais, obviamente, e o meu pai me levava para o trabalho. A minha mãe é uma grande admiradora, ela torce por mim, pela minha trajetória, pela minha irmã também. Meu pai e minha mãe se dedicaram muito a nós dois. Eu não estaria aqui se não fosse por conta dessas duas figuras. Eles são os responsáveis por eu chegar aonde eu cheguei. Foi lindo gravar em São Luís. Tem uma rua no centro histórico que chama Rua da Estrela, e eu gravei nessa rua. Eu não aguentei e coloquei na minha rede social. Quem diria que 20 anos depois o filho retorna à casa para gravar uma novela que era o sonho dele. Porque era um sonho fazer uma novela das 21h, sempre foi. É a primeira novela das 21h que eu faço, um personagem de destaque e eu gravei em São Luís. Fiquei muito feliz”, disse ele.

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O artista ainda fez questão de elogiar sua parceira de cena , que interpreta Brisa. “A Lucy é uma grande atriz, ela é maravilhosa, uma mulher entregue à arte”.

Oto (Romulo Estrela) e Brisa (Lucy Alves) em TravessiaOto (Romulo Estrela) e Brisa (Lucy Alves) em Travessia
Oto (Romulo Estrela) e Brisa (Lucy Alves) em Travessia – Foto: Divulgação/Travessia/Estevam Avellar/TV Globo

FAKE NEWS

Um dos temas centrais de “Travessia” é o quanto as fake news podem ser prejudiciais e até acabar com a vida de uma pessoa. Romulo comentou sobre o assunto e afirmou que a tecnologia pode ser muito benéfica, mas deve ser usada com responsabilidade.

“Eu sou super a favor da tecnologia, eu acho que a tecnologia é fundamental para o desenvolvimento da espécie. A gente não pode olhar para ela e achar que a tecnologia é uma grande vilã. A gente ainda não tem uma legislação que acompanha o avanço da tecnologia como deveria. Por mais que hoje já tenha delegacias e pessoas especializadas em crimes cibernéticos, ainda é muito pouco. Mas tem uma coisa que só a gente pode fazer, é a nossa responsabilidade enquanto usuários, que é checar informação. Nesse mundo onde existem notícias falsas, a gente precisa checar e ‘re-checar’ a informação, entender de onde ela está vindo, saber se esse site é um site que tem responsabilidade com a verdade e além disso eu checo outros veículos. Eu acho que é assim que a gente muda as coisas”, disse.

O famoso também comentou sobre sua desconstrução pessoal. “É a desconstrução desse homem branco, hétero, cis, que sempre esteve no topo e agora existe uma desconstrução disso. A gente precisa olhar para os movimentos antirracistas e fazer parte disso, assim como a xenofobia, assim como a gordofobia. A gente tem que estar presente e lutar contra. Não adianta ficar em cima do muro”.

RELAÇÃO COM A MORTE

Durante a entrevista, Romulo relembrou a novela “Bom Sucesso”, da Globo, em que ele interpretou Marcos. O ator relembrou uma cena ao lado de Alberto (), sobre a brevidade da vida e a tranquilidade diante da morte.

“A novela trouxe para a gente a clareza de que a morte é um dia inevitável e a gente precisa aprender a viver esse dia porque ele faz parte. A gente tem certeza que isso vai acontecer de alguma forma e também faz com que a gente viva o dia de uma maneira intensa”, disse.

O ator ainda afirmou que cobra de sua família que sempre tenha uma comunicação, principalmente com a esposa Nilma e o filho Theo, de seis anos.

“Se o Theo precisa de mim, se a Nilma precisa de mim eu me dedico a esse tempo que eles precisam para conversar, para falar. E meu pai, minha mãe e minha irmã que moram longe, eu cobro diariamente, falo ‘vamos se falar? Me liga’. A gente precisa viver o dia sem deixar nada para depois. Essa novela trouxe isso para o elenco todo”.

Para concluir, Romulo não deixou de elogiar Antonio Fagundes. “A novela me trouxe esse cara que é o Fagundes, que se tornou um grande amigo. É um cara que eu admiro para caramba. É um privilégio poder sentar com ele, conversar com ele, fazer cena com ele então, não vou comentar”.

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