Demissão em massa da CNN Brasil será investigada por sindicato

Demissão em massa da CNN Brasil será investigada por sindicato

A demissão em massa da CNN Brasil promovida na última quinta-feira (1º), será investigada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo para apurar possíveis irregularidades no desligamento de mais de 200 funcionários.

Em nota, a organização sindical diz que a emissora não divulgou dados completos que se referem aos colaboradores demitidos do canal, nem a quantidade exata de pessoas que tiveram seu vínculo com o canal encerrado.

O dia caótico na CNN soou forte nas redes sociais, com um caos instaurado nos bastidores da TV e pouca animação na mudança relâmpago da grade. Além da saída de diversos funcionários da sede em São Paulo, houve demissões em Brasília e o fechamento da filial no Rio de Janeiro, com apenas 4 repórteres que atuarão em home office.

A tentativa vem para viabilizar a crise da CNN Brasil a fim de fechar as contas em 2023 no verde. Além de apresentadores, repórteres, comentaristas, analistas, diretores e produtores foram dispensados do canal.

“Nossa categoria provou por diversas ocasiões o seu papel essencial, exposta a ataques e agressões enquanto realizava o seu trabalho diante de ameaças antidemocráticas.

O “reconhecimento” que recebemos de nossos patrões é o arrocho salarial, a precarização e as demissões.

Neste 1° de dezembro, que marca a data-base da Convenção Coletiva de Trabalho para jornalistas que trabalham nas emissoras de rádio e televisão de São Paulo, sentimos na pele a (pouca) consideração das empresas com o nosso trabalho.

Logo pela manhã, o Sindicato dos Jornalistas recebeu informações de demissões na CNN Brasil: em poucas horas, dezenas de jornalistas que trabalhavam na sede da emissora (localizada na Avenida Paulista, em São Paulo) perderam seus empregos.

De acordo com informações coletadas com diferentes fontes, mais de 700 postos de trabalho foram extintos nas diferentes praças da emissora.

Solicitamos uma reunião de emergência, mas não obtivemos resposta. Assim nos dirigimos à sede da emissora para cobrar explicações como resposta, a CNN não forneceu a quantidade de jornalistas demitidos, mas afirmou genericamente que realizará os pagamentos das rescisões.

Teremos uma reunião com a CNN Brasil e iremos apurar se a ação da empresa não se configura como uma demissão em massa neste caso, a empresa estava obrigada a dar ciência à entidade sindical sobre a intenção de demitir, o que não foi feito.

Nesta sexta-feira, o Sindicato organizará uma reunião com os profissionais demitidos para discutir coletivamente a questão e como poderemos agir diante disso.

Neste mesmo dia 1° também tivemos uma nova rodada de negociações com as empresas de rádio e televisão, Após apresentarmos nossas reivindicações, o sindicato patronal afirmou simplesmente que não teria condições de atender o pedido dos jornalistas apresentado em pauta.

Diante disso, não resta outra alternativa: precisamos nos unir para aumentar nossa organização e lutar. No início de tarde, estivemos na porta da Rede Globo para conversar com os colegas e distribuir nosso panfleto com as informações essenciais de campanha salarial.

Toda solidariedade aos jornalistas da CNN Brasil A hora de lutar por salários, dignidades e emprego é agora.”

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