Amazon dispensa Tiago Leifert da Copa do Brasil; streaming quer narração ao estilo tradicional do mercado
A Globo e a Amazon renovaram a licença de direitos de transmissão da Copa do Brasil até 2026. No novo vínculo, há mudanças para o streaming nos nomes que vão comandar os jogos através do Prime Vídeo.
A principal mudança é a saída do jornalista Tiago Leifert das narrações. Apesar de receber elogios pelo seu trabalho desenvolvido na plataforma, a Amazon prefere uma linguagem mais tradicional. Um exemplo disso é a contratação de Rômulo Mendonça, que anunciou sua saída da ESPN depois de mais de uma década.
O serviço de streaming coloca no radar mais nomes tradicionais do mercado. Serão mais de 50 jogos exibidos no Prime Vídeo, com vários exclusivos.
Leifert narrou partidas da Copa do Catar pelo Globoplay, streaming da líder de audiência. A final não foi narrada na plataforma por ele por precisar acompanhar sua filha Lua, que segue no tratamento contra um câncer raro.
Sobre os contratos de Globo e Amazon, a emissora carioca vai desembolsar R$ 520 milhões fixo, com bônus de metas e espaço de publicidade, fazendo com que a parceria renda cerca de R$ 600 milhões.
Como o vínculo foi renovado por quatro temporadas, até 2026, a Globo vai pagar cerca de R$ 2,4 milhões pelo torneio. A Amazon também vai custear os gastos do contrato do campeonato. Mas o canal quer arcar com pouco mais da metade das despesas, cerca de R$ 350 milhões anuais.
Por essa razão que o licenciamento da Amazon é essencial, já que o restante do contrato deve ser pago pelo streaming. O SBT também apostou suas fichas e ofereceu algo em torno de R$ 540 milhões à CBF. A TV de Silvio Santos só não venceu a disputa dos direitos devido ao bônus cedido pela Globo e Amazon.
Com isso, os jogos vão reforçar a programação do SporTV. Com a Copa do Mundo, o canal chegou a bons níveis de audiência, algo que a emissora quer que se repita no canal esportivo da TV paga.