Império de Casa Verde canta a ancestralidade africana
Contando uma história sobre ancestralidade, identidade cultural e construção por meio dos batuques, a escola – que não fazia enredo afro desde 2003, quando subiu para o Grupo Especial – deixou a avenida com sabor de vitória.
O carnavalesco Leandro Barboza, que sugeriu o tema, realizou um desejo antigo: “Era um sonho meu de falar sobre a música e a ideia era realmente essa”, disse ele.
Ficha técnica:
Fundação: 27/2/1994
Presidente: Alexandre Furtado
Enredo: “Império dos Tambores — um Brasil Afromusical”
Carnavalesco: Leandro Barboza
Mestre de Bateria: Robson Campos (Zoinho)
Rainha de bateria: Theba Pitylla
Intérprete: Tinga
Direção de Carnaval: Rogério Figueira (Tiguês)
Famosos:
O SAMBA
André Diniz, Marcelo Casa Nossa, Samir Trindade, Fabiano Sorriso, Evandro Bocão, Darlan Alves e Gustavo Clarão compuseram o samba considerado pelos críticos como “sem defeitos”.
Confira a letra:
Abre a roda
Hoje vai ter ciranda
O ventre da mãe encanta
O filho que vai nascer
No transe, nasce o fruto e no rito
O batuque é infinito
Acompanha o novo ser
Mete a mão nesse tambor
Meu guardião batuqueiro
Salve as griôs e o rei tigre guerreiro
Cada pancada no couro é resistência, oração
Esquece o banzo e o suor da escravidão
Chama a senzala firma a batucada
Gira na umbigada, jongo e caxambu
É som de preto, música do gueto
Mística de ketu, maracatu
Povo entregue ao reggae lá do maranhão
Ao timbau que ferve são salvador
Madureira é charme em frente à estação
São Paulo, o funk também abalou
O laiá laiá lá do fim do mundo
Soluçando a dor que ninguém ouviu
Negra voz insiste, o axé resiste
Enquanto a novela distrai o brasil
Quilombola é kizomba
Casa verde meu quilombo
Nesse cortejo vem o canto africano
No rufar do tambor imperiano
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