Mari Belém mostra situação chocante no Litoral Norte: ‘Pesadelo’

Mari Belém

A influencer Mari Belém mostrou em suas redes sociais neste domingo, 19 de fevereiro,  a triste situação no litoral norte de São Paulo e deixou os fãs chocados ao revelar que está ilhada, perdeu o carro em Cambury, uma das regiões afetadas pelas fortes chuvas. A filha de Fafá de Belém registou em longos vídeos nas suas redes sociais alguns momentos de sufoco para tentar se salvar e ajudar a vizinhança. No primeiro momento, Mari mostra como ficou o quarto, explicando que antes de tudo tirou alguns itens da varanda, sentindo que choveria, mas, sem saber que logo mais aconteceriam as inundações.

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Na madrugada, por volta das 5 da manhã, ela mostrou o quarto tomado pelas águas, chegando ao tornozelo, e mostrou que alguns itens já estavam boiando. Em algumas séries de imagens mais fortes ela registrou as águas entrando pelas frestas da porta, e mostrou também sua amiga em cima da cama para não ser atingida pela água. Mari revelou:

“Não desejo a ninguém o desespero de uma situação dessas e o medo de morrer eletrocutada, porque a água dava choque. Perdi o meu carro. Saí só de camisola e bolsa com documentos. Perdi tudo, mas não morri eletrocutada e nem afogada. Material se recupera. Parece um cenário de guerra. Parece mesmo um tsunami”.

OUTROS MOMENTOS

Mari Belém tirou algumas fotos e vídeos com as suas malas em cima do armário, e disse que não conseguia descrever de onde veio a força para salvar alguns dos objetos pessoais. A influencer desabafou e revelou que o hotel em que estava hospedada tratou a situação com descaso e a falta de auxílio por parte do dono:

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“Nem o dono do hotel se dignou a vir aqui perguntar se a gente precisa de alguma coisa. Salvar a gente, fazer alguma coisa. A gente ficou nas mãos de dois funcionários maravilhosos, muito queridos, que foram dois heróis para a gente. Mas a gente ficou nessa situação. Ninguém trouxe uma água, comida para a gente. O povo teve que se arriscar para comprar comida no centro. A gente vai buscar sinal para tentar pedir ajuda. Simplesmente cagand… para a gente, tirando os dois funcionários incríveis que estão aqui. Um deles foi para a casa para ver se o bebê dele está bem. Nenhum dos donos da pousada vieram aqui fazer algo por nós, que não pagamos barato para estar aqui. Nossos carros se fod…. Nossos carros estão fodid…, vamos passar com água na cintura, mas vai procurar um caminho, já que ninguém se responsabilizou”.

Ela saiu com alguns outros hóspedes para solicitar ajuda em outros locais da região e que encontraram um hotel que deu um voucher para eles passarem a noite, além de contar que todos levaram choques nas saídas dos quartos:

“Encontramos um hotel que foi generoso e deu um voucher para a gente. Estou com o básico da vida, meus documentos, a nossa mala que já colocou no escritório. Meu carro deu PT, deu PT em todos. Agora estamos buscando um lugar para ir, porque se chover de novo, esse local pode cair deslizamento. Não sei dizer o desespero que é não saber se vai ser soterrada, se vai morrer afogada ou se vai ser eletrocutada. A gente tomou altos choques na saída do nosso quarto”.

Mari ainda protestou, lamentou pelas perdas das famílias, e citou dois funcionários que ajudaram o pessoal, e ressaltou que Michel, um deles, ainda não tinha notícias da família e do seu bebê:

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“A nossa situação obviamente é melhor que a de muita gente. A gente só foi saber agora que teve gente que morreu soterrada, que teve gente que perdeu tudo. Eu perdi o meu carro, mas fod…-s…, o que a gente pode fazer com o material, se vira. Todo o hotel estava aquela desgraça. Os dois meninos que ajudaram a gente, o Michel e o Jack, são dois anjos. O Michel estava sem saber da família dele, ele tinha que andar duas horas para chegar e saber se o bebê dele estava bem. Esses dois cuidaram da gente. Não tinha mais água, mais nada. Compraram Doritos, o que tinha. A gente pagou”

A cantora também disse que recebeu inúmeras mensagens via WhatsApp, mas, priorizou responder sua mãe e suas filhas para tranquilizá-las. Ela relembrou todo a noite e definiu toda a vivência como um grande pesadelo:

“Só voltando para dar satisfação, sei que preocupei muita gente. Meu Whatsapp está explodindo. Peço desculpas que não vou responder para todo mundo, porque tenho que responder a minha mãe, minhas filhas, gente que a última vez que falei foi nove e cinquenta da manhã. Estou muito atordoada, parece que vivi um pesadelo. Quando paro e penso que saí da porta do meu quarto com mala na cabeça, água até a cintura. Uma água que misturava óleo de frigideira, combustível, lama, cocô de rato… Vou passar uma semana tomando antibiótico, por medo de morrer. Mas ainda assim estou melhor que muita gente que sofreu mais. Mas foi traumático. Ainda bem que a gente encontrou um grupo que se ajudou muito”.


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