Bella Hadid é vítima de ‘deppfake’ após defender Palestina
, após defender o povo palestino dos ataques de Israel. Mas agora os haters e trolls que estão contra o posicionamento da modelo foram longe demais: eles publicaram um vídeo onde aparentemente a modelo apoia Israel. Porém a irmã de Gigi Hadid foi vítima de ‘deepfake’, uma tecnologia que recria rostos na internet.
O clipe, que foi visto 11 milhões de vezes, é falso. Trata-se de uma versão manipulada de um vídeo de um evento em que a Bella Hadid discursou, em 2016.
Ela supostamente diz: “Olá, sou Bella Hadid. Em 7 de outubro de 2023, Israel enfrentou um trágico ataque do Hamas. Eu não posso ficar em silêncio. Peço desculpa pelas minhas observações anteriores, esta tragédia abriu-me os olhos para a dor sofrida aqui e estou ao lado de Israel contra o terrorismo. Reservei um tempo para realmente aprender o contexto histórico. Agora, com uma compreensão mais clara, espero que possamos iniciar um diálogo construtivo no futuro.”
Claramente, Bella Hadid não fez tais comentários no evento sete anos atrás, antes do ataque ocorrer. O vídeo foi compartilhado no Facebook sem nenhuma indicação de que tenha sido manipulado, e os fãs da modelo estão pedindo mais responsabilidade à plataforma.
A modelo usou hoje o recurso de stories, no Instagram, para compartilhar todas as atrocidades que vem acontecendo em Gaza, incluindo o testemunho de uma enfermeira americana que estava apoiando as vítimas na Palestina.
Bella Hadid quebrou o silêncio sobre a guerra entre Israel e Palestina, depois de algumas semanas do confronto entre Israel e o Hamas [organização política e paramilitar palestina]. Enquanto a irmã Gigi Hadid foi uma das primeiras a defender suas raízes, a modelo da Victoria’s Secret finalmente veio à público expressar seu apoio à Palestina, apesar de estar recebendo sérias ameaças de morte.
Na quinta-feira, 26 de outubro, a modelo de 27 anos, cujo pai Mohamed Hadid é palestino, emitiu um longo comunicado via Instagram, dizendo: “Perdoem-me pelo meu silêncio. Ainda não encontrei as palavras ideais para estas últimas 2 semanas profundamente intrincadas e horríveis, semanas que voltaram a atenção do mundo para uma situação que tem ceifado vidas inocentes e afetado famílias durante décadas. Tenho muito a dizer, mas por hoje vou ser breve”, afirmou.
“Recebo centenas de ameaças de morte diariamente, meu número de telefone vazou e minha família se sente em perigo”, continuou ela. “Mas não posso continuar a ser silenciada. O medo não é uma opção. O povo e as crianças da Palestina, especialmente em Gaza, não podem permitir-se o nosso silêncio. Não somos corajosos – eles são.”
Bella continuou escrevendo: “Meu coração está sangrando de dor pelo trauma que estou vendo se desenrolar, bem como pelo trauma geracional do meu sangue palestino. Vendo as consequências dos ataques aéreos em Gaza, luto com todas as mães que perderam crianças e as crianças que choram sozinhas, todos os pais, irmãos, irmãs, tios, tias, amigos perdidos que nunca mais caminharão nesta terra.”
“Lamento pelas famílias israelenses que têm lidado com a dor e as consequências desde o ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro”, acrescentou. “Prejudicar mulheres e crianças e infligir terror não faz e não deve fazer nenhum bem ao movimento Palestina Livre. Acredito no fundo do meu coração que nenhuma criança, nenhuma pessoa em qualquer lugar, deve ser tirada da sua família, temporária ou indefinidamente, tanto para o povo israelense quanto para o povo palestino.”
O modelo sublinhou ainda: “É importante compreender as dificuldades que é ser palestino, num mundo que nos vê como nada mais do que terroristas que resistem à paz. Há uma crise humanitária urgente em Gaza que deve ser atendida. As famílias precisam de acesso a água e alimentos. Os hospitais precisam de combustíveis para alimentar os geradores, cuidar dos feridos e manter as pessoas vivas”, afirmou, antes de compartilhar um vídeo.
“As guerras têm leis – e devem ser respeitadas, não importa o que aconteça. Precisamos manter a pressão sobre nossos líderes, onde quer que estejamos, para não esquecer as necessidades urgentes do povo de Gaza e para garantir que civis palestinos inocentes não sejam as vítimas esquecidas desta guerra. Estou do lado da humanidade, sabendo que a paz e a segurança pertencem a todos nós”.