Empresa de Robert De Niro deverá pagar indenização de R$5,9 milhões à ex-funcionária
Graham Chase Robinson, ex-funcionária da empresa de Robert De Niro, ganhou ação movida contra a produtora do ator, Canal Pictures. A ex-assistente de De Niro, que também atuou como vice-presidente da empresa, o acusou de discriminação de gênero. Segundo Robinson, o ator de Hollywood criava um ambiente de trabalho sexista e desconfortável.
Na última quinta-feira (9), após um tribunal aberto, a justiça determinou que a produta deverá pagar o total de R$5,9 milhões em duas indenizações de U$$632 mil. O pedido inicial da acusação era de US$12 milhões. Graham deixou a produtora em 2019, quando atuava como vice-presidente e recebia um salário anual de US$300 mil.
Robert de Niro chega a tribunal (Foto: reprodução/David Dee Delgado/AFP)
Ex- funcionária relata que De Niro tratava diferente homens e mulheres
Em depoimento, Graham revelou que precisava estar disponível para o ator de Táxi Driver 24 horas por dia, sete dias por semana. Essa disponibilidade, no entanto, não era exigida para os funcionários homens. Como relata Graham, De Niro se referia às funcionárias mulheres como “as garotas”.
Diversas vezes, ela foi chamada pelo ex-chefe de vadia e pirralha. Robinson também detalhou outras situações abusivas, como quando ele pediu que ela coçasse suas costas. Ao dizer que havia um coçador de costas que ele poderia usar, o ator respondeu: “Eu prefiro do jeito que você faz.”, relatou Robinson.
Graham Chase Robinson (Foto: reprodução/People Magazine)
No processo, Robinson disse que De Niro a tratava como “esposa do escritório”, solicitando que ela realizasse funções como aspirar o apartamento do astro hollywoodiano e consertar suas roupas, o que era inconsistente com as descrições de seu trabalho. O ator negou as acusações.
De Niro também processou a ex-funcionária
Os advogados de De Niro acusaram Graham de desvio de dinheiro em milhas áreas e de gastos excessivos em despesas de viagem. De Niro também argumentou que Robinson assistia séries durante o período de trabalho. Em um júri formado por quatro mulheres e três homens, a ex-funcionária foi declarada inocente.
Foto destaque: Robert De Niro (Reprodução/Instagram/@roberdenirodaily)