Representatividade é o foco da nova novela das sete, Volta por Cima

A nova novela das sete tem dado o que falar entre os internautas. Com um elenco diverso e um enredo intrigante, Volta por Cima promete abordar temáticas importantes e necessárias. Uma delas é representatividade negra e amarela, já que a produção optou por dar voz a personagens de diferentes origens e destacar a pluralidade brasileira.

Durante uma coletiva de imprensa na qual o Fofocas e Famosos esteve presente, o elenco e a autora Claudia Souto falaram e refletiram sobre esse tema.

 A atriz Betty Faria, que está no elenco interpretando Belissa, foi a primeira a levantar o assunto.

– Precisamos valorizar a importância dessa novela nesse momento. Porque com o neofascismo entrando no mundo da maneira que está entrando e a TV Globo colocar protagonistas jovens e pretos é uma coisa inovadora. Eu me senti muito bem de abraçar esse projeto, essa ideia. Importantíssimo estar falando sobre isso, disse a atriz.

– Eu sou muito rico nessa novela e toda vez que eu entro no estúdio e vejo que a minha casa ocupa quase o estúdio inteiro, eu falo meu Deus, eu sou muito rico. E é muito lindo ver o protagonismo desse casal, jovem e preto. A representatividade importa, fala Aílton Graça que dá vida a Edson Bacelar.

A atriz Lellê que interpreta Silvinha explica como foi receber esse papel e entender a classe social em que a personagem estaria.

– A Silvinha é uma jovem, preta, milionária e herdeira e eu acho que isso é um momento muito importante. Eu fico muito feliz de estar interpretando essa personagem que sabe o que ela quer, quem é e que, ao mesmo tempo, é uma mulher preta que carrega uma história. É uma oportunidade muito importante estar representando tantas pessoas, iniciou.

– Quando eu recebi o papel falei ferrou, eu não conheço ninguém herdeiro para me inspirar. Então eu procurei referências próximas de pessoas bem sucedidas que tem uma carreira, continuou a atriz.

– Quando eu vejo meu cenário e a minha casa tem várias estátuas africanas eu penso: bom, estou no caminho certo! Acho que vai ser uma novela que vai falar com todas as pessoas possíveis, de todas as classes sociais e gêneros, finalizou.

A autora também fala sobre e como ela se sentia incomodada de não ver o povo brasileiro representado nas novelas.

– Como telespectadora sempre me incomodou olhar as novelas e me perguntar: onde se passa essa novela? É na Suíça? Porque que descia na rua e nosso Brasil era outro. 

Ainda falando de representatividade, a atriz Jacqueline Sato fala, feliz, sobre a representatividade amarela da novela.

– Quando eu entro no set eu vejo tantas pessoas diversas nessa sala, me enche de esperança. E falando da representatividade amarela, nós temos várias pessoas no elenco asiáticas que representam culturas diferentes, o que é inédito, iniciou Jaque, que interpreta a jovem Yuki.

– Nós também temos muito pouco espaço e personagens, e eu estou muito feliz de fazer a Yuki que não precisa explicar sua existência. Porque nós, como pessoas amarelas no Brasil, muitas vezes precisamos falar: não, eu sou brasileira. Ainda no audiovisual isso não estava sendo muito retratado e essa novela está trazendo representatividade para uma gama muito grande, finalizou a atriz.

– A primeira sinopse que escrevi a minha protagonista era chinesa em 2005. Então em 2024 eu poder ter o maior número de descendentes asiáticos em uma novela e isso ser aprovado é muito importante para mim, é como voltar ao ciclo e finalizar algo que eu queria há muito tempo, explicou a autora Claudia.

Vale lembrar que Volta por Cima entrará na programação no horário das 19h na próxima segunda-feira, dia 30.

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