Juliano em Garota do Momento, Fábio Assunção reflete sobre o que mais gosta em trabalhos de época

Fábio Assunção está mais do que pronto para mergulhar no Brasil da década de 1950 em Garota do Momento, próxima novela das seis da TV Globo, que estreia dia 4 de novembro. Animado para apresentar ao público o personagem Juliano, o ator revelou em coletiva de imprensa se sentiu saudades de trabalhar em uma trama de época. 

Durante o bate-papo, do qual o Fofocas e Famosos, participou, o artista começou contando como foi receber o convite para fazer parte do elenco do folhetim escrito por Alessandra Poggi e interpretar o rico empresário e herdeiro da Perfumaria Carioca, cuja mãe de Juliano, Maristela [Lilia Cabral], não fica muito feliz ao saber que a mulher por quem filho está apaixonado e vivendo um romance, Clarice [Carol Castro], já tem uma filha. Quando ela sofre um acidente e perde a memória, Juliano aceita o plano da mãe e juntos eles inventam um novo passado para Clarice e lhe entregam outra criança, Bia [Maisa], como se fosse sua filha. 

– Recebi esse convite em uma chamada de vídeo que fiz no aeroporto com a Alessandra, a Nat [ Natalia Grimberg, diretora artística] e a Juliana Castro, que é a nossa gerente de produção. Falei: Vamos embora! Elas estavam em uma felicidade que já me contagiaram. Acho que em um trabalho, sobretudo uma novela que leva meses, é muito importante a vibe dessa turma, a troca em cena, a troca entre as pessoas. Isso somado com a qualidade foi uma coisa irrecusável. Foi um primeiro encontro com muita alegria.

Apesar de já ter atuado em outros papéis de época, eles se passava em períodos de tempo diferente. Força de um Desejo [1999] e Os Maias [2001] retratavam o século XIX, enquanto Dalva e Herivelto: Uma canção de Amor [novela de 2010] se passava nas décadas de 1920 e 1930. Por conta disso, Fábio diz que Garota do Momento será uma experiência nova e muito interessante.

– Eu fiz algumas [novelas] de época, como Força de um Desejo, que era maravilhosa. Também fiz Os Maias e Dalva e Herivelto: Uma canção de Amor. Curiosamente, eram de épocas diferentes. Está sendo muito bom para mim mergulhar na história das décadas de 1940 e 1950. O ano de 1958 é um ano de muita prosperidade e esperança do brasileiro. O último trabalho que eu fiz foi o filme Motel Destino, que se passava em 2024 no Ceará. Um trabalho com um mergulho bem perverso das almas de hoje. 

Ele completa refletindo sobre como a comunicação com o público em novelas é muito única, pois conversa diretamente com o telespectador.

– Para mim, em uma construção de carreira, acho maravilhoso poder agora voltar para uma dramaturgia que vai se espalhar. A televisão tem uma força de se espalhar pelos lares brasileiros, a gente conversa com as pessoas, é uma obra aberta, todo tipo de gente vai estar assistindo. O tipo de comunicação é diferente. A gente traz uma época que não vivemos, trazendo a beleza disso. 

O ator também exalta a importância da diversidade e representatividade com o protagonismo de atores negros na trama de Alessandra Poggi.

– A gente pode ver como o brasileiro construiu a cultura brasileira. A gente fica muito focado no mundo branco, nessas figuras de poder e de dinheiro, mas o Brasil não é isso. O Brasil é a multiplicidade do brasileiro. A gente vai poder ver isso na novela, esses seres iluminando o país. Eles não vão estar em elipse nessa novela. Cada ator e atriz tem essa tarefa de trazer um brilho, o seu próprio contexto e sua própria circunstância de vida. A novela permite isso, coloca isso em cena. Eu gosto de fazer época, mas quando tem de fato essa possibilidade dessa troca. 

Por fim, também falou sobre como a produção de arte enriquece a ambientação histórica da novela.

– Acho que a questão de ser de época torna a novela talvez mais requintada, mais cuidadosa nos figurinos, na arte, nas caracterizações. É um trabalho muito complexo na parte visual. 

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