Ao lançar segundo livro, Beth Goulart descreve obra: É o meu coração falando com o seu coração

Beth Goulart está dividindo seus pensamentos e reflexões mais íntimas no segundo livro de sua carreira, nomeado O Que Transforma a Gente?. Em meio ao luto com a morte da mãe, a grande atriz Nicette Bruno, a autora decidiu focar na transformação. 

– A escrita é um processo terapêutico até de você poder ouvir o que está dentro de você, ouvir a sua alma. Quando você tem um tema para você desenvolver, você mergulha o seu universo. Quando você se permite o fluxo da escrita, o ser inconsciente, ele se permite falar. Eu tive uma adolescência muito introspectiva. […] Meus grandes companheiros foram os meus livros, e, consequentemente, quem lê muito, às vezes gosta também de escrever. 

Esse processo terapêutico Goulart conhecia bem, já que, desde pequena, tentava colocar em palavras os seus sentimentos íntimos. Apesar de ter seguido o exemplo da família e se tornado atriz, Beth conta que era bastante tímida: 

– Eu tive uma adolescência muito introspectiva. […] Meus grandes companheiros foram os meus livros, e, consequentemente, quem lê muito, às vezes gosta também de escrever. 

Como todo bom leitor, Goulart se viu melhor amiga de seus autores preferidos. Referências que ela traz até hoje em sua escrita, como a grande Clarice Lispector:

– Os grandes escritores que nós lemos nos transformam, a arte nos transforma, a linguagem nos transforma. […] Na adolescência eu tive essa relação de intimidade, de cumplicidade com a Clarice Lispector. E ela propõe isso aos seus leitores.

Estando do outro lado da bancada, como autora, Goulart deseja que os leitores possam ter uma experiência similar com a sua obra: 

– Como escritor, é uma comunicação direta. Então, sou eu, e a minha alma. Com você, e a sua alma. É o meu coração falando com o seu coração, finaliza. 

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