Boninho revela o diferencial do The Voice no Brasil: – Tem uma característica especial de ser brasileiro

Boninho tem uma extensa carreira na televisão brasileira, o que engloba desde programas de auditório até os aclamados realities shows, tão amados no Brasil. Agora à frente da nova versão do The Voice Brasil, que chega no dia 6 de outubro às telinhas do SBT, o diretor abriu o jogo, durante coletiva de imprensa na qual o Fofocas e Famosos marcou presença, sobre o que, na sua visão, torna a versão brasileira do programa musical única em comparação às demais ao redor do mundo. Para ele, algo é claro: a essência e o jeitinho do público daqui dão uma característica especial e genuinamente brasileira ao programa.
Comandando o programa desde 2012 – anteriormente na Globo -, o produtor falou que o especial do Brasil é a cumplicidade da nossa nacionalidade:
– Eu acho que o Brasil tem uma característica muito especial de ser brasileiro. Então é assim, tem um carinho na torcida, nos participantes. É muito legal você ver que na batalha eles sabem que eles estão batalhando, eles sabem que um pode ir embora, o outro vai ficar. Mas eles dividem aquele palco com um carinho enorme um entre o outro. A gente já teve números lindíssimos.
Conhecido por produzir diversos realities como Estrela da Casa e Big Brother Brasil, ambos da emissora global, Boninho relembrou quando estava no comando de No Limite, dizendo que foi ali que ele descobriu a paixão e o sentimento brasileiro:
– Um exemplo disso foi o No Limite, lá atrás, o primeiro que eu fiz, que tecnicamente é uma briga entre duas tribos. E no primeiro dia, quando eles foram fazer uma prova, que eles seriam eliminados, eles chegaram na praia e todo mundo se abraçou. E eu fiquei pensando: Meu Deus, acabou o reality, eles precisam brigar para isso render. Então eu aprendi muito com o No Limite, e aprendi que o brasileiro tem que curtir esse lado gostoso de se abraçar, de fazer acontecer. Então a voz brasileira tem esse carinho, esse calor do brasileiro, tem o calor dos técnicos com os participantes que estão lá o tempo todo. Se bem que agora, nas próximas rodadas, eu vou pedir para eles puxarem um pouco mais a orelha deles. Eles vão fazer isso por mim. Se eles quiserem, eu vou fazer.
Péricles, um dos técnicos da nova temporada, complementou o que o Big Boss disse, comentando sobre a emoção na voz do brasileiro, que faz com que eles virem a cadeira por se sentirem tocados por aqueles timbres únicos do Brasil:
– A gente, num primeiro momento, se emociona. Lógico, a técnica chama a atenção. Tanto é que em muitos momentos a gente deixa para virar a cadeira no último acorde, para entender de fato se aquilo que a gente está ouvindo é emoção, tem técnica, tem um combo de atributos que vão fazer a gente virar a cadeira. Mas num primeiro momento, é a voz, é a emoção que pega a gente naquele primeiro momento. Tem vozes que às vezes não são nem tão técnicas, mas elas têm algo que nós brasileiros buscamos nas vozes que ouvimos: a emoção.
Por fim, Boninho voltou a falar, trazendo uma curiosidade sobre como o programa foi criado por John de Mol, dizendo que conversou com ele e perguntou como veio a ideia de criar um reality musical:
– Ele estava dirigindo um carro e estava ouvindo uma música. Ele falou: Se eu não estou vendo o rosto desse cara, se eu não estou vendo ele pessoalmente, mas eu estou curtindo essa voz, eu posso criar um formato que talvez eu consiga fazer com que o cara cante sem eu saber quem ele é.
Você já imaginou ter uma ideia dessas apenas escutando o rádio enquanto dirige?