Caracterizado de Bolsonaro, Carioca vira bobo da corte em evento da Record

Carioca
Carioca fará humor no Domingo Espetacular (Imagem: Edu Moraes / Record)

Exímio imitador, Márvio Lúcio, mais conhecido como Carioca, apareceu na coletiva que a Record promoveu na última semana usando a faixa presidencial e vestido como o presidente Jair Bolsonaro.

Horas antes, Carioca havia causando constrangimento em Brasília ao distribuir bananas aos jornalistas que esperavam o chefe de Estado se pronunciar, como de costume. A atitude irritou uma série de profissionais da imprensa que cobrem política na capital do Brasil.

Na Record, dizendo ser o “presidente fake”, o humorista afirmou que fará parte do time que criará conteúdo para a temporada 2020 do Domingo Espetacular. Como personagem, pouco aplaudido, o comediante discutiu com Adriana Araújo sobre trivialidades como o furo da reportagem e a legalização das retroescavadeiras.

Não vem com essa piada de furo que daqui a pouco a culpa é minha“, disse o ex-Pânico na Band, em referência ao episódio que Bolsonaro mencionou sobre a jornalista Patrícia Campos de Mello, do jornal Folha de S. Paulo.

Patrícia revelou como empresas de WhatsApp promoveram uma série de envio de informações para diversas pessoas durante a campanha do atual presidente da República.

“Falamos sobre legalização das armas, sobre a legalização das retroescavadeiras. Pode atropelar, mete na porta dos outros e vamos nessa”, disse Carioca sobre o episódio envolvendo o ex-governador do Ceará Cid Gomes.

Em relação à imitação do presidente, Márvio opinou da seguinte maneira ao perceber que suas piadas não surtiam efeito perante a plateia repleta de jornalistas: “O pessoal está me amando”.

Imitação criticada

Quem não gostou da imitação de Carioca foi Gustavo Mendes, ator que faz a imitação de Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil (2010-2016). Mendes comparou Carioca a um “fantoche” do presidente.

Achei lamentável. O papel do humor, mais do que fazer rir, é fazer pensar. Por isso digo que humor é sempre oposição, independentemente do viés político. Meu alvo sempre foi o opressor. Jamais aceitaria me prestar a um papel desses, pela situação do país. Atravessamos crises terríveis, tanto no governo Dilma quanto agora, no governo Bolsonaro, então acho um desserviço. A população precisa de informação e, à frente das câmeras, oferecem bananas. É tão deprimente que você vê claramente o desconforto do Carioca. Mas esse episódio lamentável não invalida a carreira brilhante dele, porque ele é genial”, disse Gustavo Mendes ao UOL.

Encontro em Brasília

De acordo com a revista Veja, a ação de Carioca como imitação de Bolsonaro foi vista como “desastrada” pela equipe do presidente. Os bastidores do encontro entre criador e criatura, na manhã da última quarta-feira (04), tratou-se de uma entrevista que o comediante fez com o político para o Domingo Espetacular, da Record.

Não satisfeito em gravar a entrevista, Carioca pediu para filmar com o presidente na manhã seguinte que teve um café da manhã entre os dois. A ideia de dar entrevista aos jornalistas se passando por Jair Bolsonaro partiu do humorista. Não bastasse a “brincadeira”, Carioca, como noticiamos aqui no RD1, entregou bananas para os jornalistas presentes. Tudo foi gravado pela Record.

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