Erika Januza: ‘Já optei pelo amor em lugar do trabalho’
No ar como a tenista Marina, em Amor de Mãe, Erika Januza vive um momento pra lá de diferente. A personagem leva jornada dupla: trabalha como garçonete num bar e, nas horas vagas, treina exaustivamente para se tornar uma campeã de tênis. Por não ter tempo para se dedicar à vaidades, a atriz teve uma ideia: um cabelo bem curtinho casaria perfeitamente com sua personagem. Para melhorar, a caracterização para o novo papel se encaixou com seu desejo pessoal por mudança.
"Meu cabelo era o meu escudo. Eu só me achava bonita se ele estivesse deste ou daquele jeito. Até que chegou o momento em que eu me desprendi e entendi que a beleza tem que estar em mim, e não num detalhe do meu visual. Foi difícil cortar, chorei, precisei ter coragem. Sabia que seria criticada. De fato, cheguei a ouvir que não estou mais bonita como antes, que meu cabelo é de homem. Não, meu cabelo é moderno! Recebo umas dez mensagens por dia, com fotos de meninas que estão copiando o look. Estou até querendo armar um encontrão com todas elas. Eu digo: coloca um brincão, passa uma maquiagem e vai, porque você é linda de qualquer jeito", disse ela em entrevista à revista Canal Extra, do jornal Extra.
A atriz destacou que, acima de qualquer vaidade, vale o amor pelo ofício. E garantiu que, se preciso fosse, até rasparia a cabeça.
"Personagem é entrega. Se você tem que fazer um treinamento em algum lugar, faça! Se tiver que falar outro idioma, aprenda! Pra mim é assim. Se tem que fazer, faz direito. A não ser que não esteja mesmo ao meu alcance. Até hoje, não me aconteceu. Todas as personagens que tenho feito são mulheres fortes. Tenho pouco tempo de carreira, comecei em 2012, mas, para mim, é uma eternidade. Se contar tudo o que já vivi... Sou muito grata por cada oportunidade de mostrar o meu trabalho. Se eu não tivesse feito Subúrbia (minissérie de 2012, que protagonizou na Globo), não estaria aqui hoje".
Além da mudança no visual, Erika também passou a se dedicar, diariamente, a aprender a jogar tênis. Esporte com que ela, até então, não tinha habilidade alguma.
"Faço aulas há quase um ano. E estou batendo uma bolinha legal. Até agora, não precisei de dublê, está dando pra me virar. Estou apaixonada pelo esporte! Assisto aos jogos, fico ligada nos campeonatos. Alguém me convida para o Rio Open? Eu já curtia a Serena (Williams, tenista americana). Agora, se tem jogo dela, eu já aviso: 'Ih, gente, Serena joga hoje, tenho que ir embora pra ver'. O próprio Villa (Zé Villamarim, diretor da novela) conversou comigo sobre ela ser nossa inspiração. Na hora, pensei: 'Mas o cabelo da Serena é grande...'. Tudo bem, vamos na alma dela, na determinação dela. A vida dessa mulher não foi fácil, até alcançar o sucesso".
Marina enfrenta o conflito de contrabalançar amor e trabalho. Em breve, o namoro com Ryan (Thiago Martins) vai ficar abalado quando a moça receber uma proposta profissional, que envolverá morar em outro estado. Para ela, a paixão pelo esporte está em primeiro plano. Ao Extra, a atriz revelou que já passou por situações parecidas na vida pessoal.
"Novela tem que ter conflito, né? E eu estou adorando fazer. Já optei pelo amor em lugar do trabalho, uma vez. Fui imatura. Hoje, eu não faria de novo. Não me arrependo, porque, como diz minha mãe, tudo acontece quando tem que acontecer. Mas também já passei por situações em que me disseram: 'Ou eu ou seu trabalho', e eu respondi: 'Um beijo, meu amor, foi ótimo estar com você'. Não é qualquer coisa que me desvia do meu objetivo profissional, não. Meu trabalho sou eu! É com ele que luto por mim, pela minha família. É minha base".
A família de Erika, hoje, é formada essencialmente por ela e dona Ernestina, de 54 anos. Filha única, a mineira de Contagem perdeu o pai quando tinha 19 anos. E, desde sempre, foi nesse "amor de mãe" que ela encontrou o apoio que precisava para acreditar ser possível realizar seus sonhos.
"Tem um episódio que ilustra bem a força da minha mãe em minha vida. Não faz nem tanto tempo assim, deve ter uns dez anos. Eu quis participar de um concurso de beleza lá na minha cidade em que ninguém botou fé, ninguém quis ir assistir. Minha mãe falou: "Deixa, eu vou com você". Aí eu participei e ganhei! Nunca vou esquecer dela lá na plateia, gritando, com o balãozinho, sozinha... Depois, na hora de ir embora, estávamos ela e eu, com buquê de flores, faixa, presente, pegando ônibus vazio de madrugada. Ninguém acreditou em mim, mas ela estava lá segurando minha mão, apostando nas minhas loucuras, que no fim nem eram tão loucas assim", relembrou, emocionada.
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