Datena se revolta com conversa divulgada por Sérgio Moro e cita dono da Band
Apresentador do Brasil Urgente, na Band, José Luiz Datena detonou a atitude de Sérgio Moro em expor uma troca de mensagens com a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) em rede nacional, na edição da última sexta (24) do Jornal Nacional, na Globo.
Neste sábado (25), ele foi direto e disparou: “Eu jamais faria isso. Pegar um print de uma afilhada minha, apresentar a uma emissora de televisão, ou para um jornal. Se é crime ser hackeado, por que ele age como um hacker particular?“.
“Pega um print da própria afilhada dele e mostra numa emissora de audiência enorme? O mesmo cara que é responsável pela ida de um ex-presidente da República para a cadeia, que participou do impeachment da Dilma, é o mesmo cara que quer derrubar o Bolsonaro agora“, disse ainda.
“Está dizendo que tem provas para derrubar o Bolsonaro. Para você achar santo na política brasileira, vai ser duro. Nós estaremos sempre do seu lado. Mas defendendo de verdade, não pra ganhar voto. Defendendo aquilo que a gente acha que é correto“, declarou.
Moro, cabe lembrar, enviou prints de sua convesa com Zambelli ao Jornal Nacional após ser questionado pela Globo sobre as acusações de Jair Bolsonaro, de que ele aceitaria um troca de comando na Polícia Federal mediante transferência para o STF. Com a conversa, Sérgio Moro comprovou que essa ideia partiu de Carla; ele negou a possibilidade de negociar com o presidente, afirmando não estar à venda.
Em seguida, Datena começou a detonar os abusos dos preços dos supermercados, que estão aproveitando o período de pandemia para superfaturar, e disparou: “Nós vamos ficar no pé até o fim. Não adianta“.
“Vocês podem mandar me matar, podem atirar em mim, podem contratar um atirador, vocês donos de mercado e fornecedores. Eu sei que vocês não fariam isso porque não são bandidos, mas se fizerem não tem problema, não. Enquanto eu tiver língua e boca, eu estou aqui pra falar“, disse.
Por fim, o apresentador citou o dono da Band, Johnny Saad, dizendo que só vai parar de falar o que pensa se, um dia, ele ordenar. “Eu só guardo a minha língua dentro da boca no dia que um cara falar, que é o patrão, o dono, o Johnny (Saad). Se ele falar, vou ficar quieto“.
“É o meu patrão. Daí pra baixo pode ser quem for pra me torrar a paciência que eu vou estar do lado do consumidor. Se você fala mal de grandão, os caras ligam aqui pra te mandar embora. Pra cá, pra Record, pra Globo, pra tudo quanto é lugar“, alfinetou.
“A Volks não gostou de um comentário meu sobre um carro que cortava o dedo. Os caras ligaram pra cá pra meter o pau em mim. E até hoje o dono da TV me manteve aqui. Porque até hoje é tradição da Rede Bandeirantes ter independência“, defendeu.
“Se você não me ver mais aqui é porque não tenho mais independência para trabalhar. E aqui eu sempre tive e o Johnny sempre prezou a liberdade de expressão“, finalizou.
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