‘Abracadabra 2’ é uma homenagem magistral ao original
Entra ano, sai ano, e a gente faz uma listinha de filmes que são tendências para assistir na noite de Halloween. Algumas vezes, vemos muitos filmes de terror e acabamos deixando as bruxas em segundo plano. Mas, a Disney resolveu apostar em bruxas, fantasia, magia e muita nostalgia com o lançamento de “Abracadabra 2”.
A primeira exibição de “Abracadabra”, em 1993, trouxe uma atmosfera repleta de magias e bruxas com um pouco de terror envolvido, mas, a sequência, 20 anos depois, traz as irmãs Sanderson de uma maneira mais cômica, clássica e original.
O CLÁSSICO
No primeiro momento, somos levados até Salem, em um momento de ritual, onde as três irmãs: Sarah (); Mary (Kathy Najimy) e Winnie () estão sacrificando uma criança em troca de vida eterna. O ritual é concluído, e logo depois, elas são mortas, deixando um feitiço: Se um virgem acender a vela de chama negra, elas voltarão a vida. Anos depois, Max Denninson (Omri Katz) se muda para este local, e em uma noite de Halloween desafia sua irmã Dani (Thora Birch) e sua namorada Alisson (Vinessa Shaw). As irmãs Sandersons voltam, acabam criando caos, e é sempre muito legal ver o “clash” das eras modernas e antigas, com elas se espantando com inovações e tudo mais. O ponto alto é a performance de “I Put a Spell On You” ( Eu coloquei um feitiço em você), e é maravilhoso ver toda a cena, com a cidade inteira sendo enfeitiçada. No final, elas são mortas, o bem vence, mas fica a promessa: Elas voltarão. E voltaram.
VOLTAMOS, SALÉM!
Se levarmos ao pé da letra, a sequência é quase um reboot, que tem por sua finalidade começar algo novo partindo do original. Aqui temos um passado logo no início, onde vemos as origens das irmãs, e como tudo começou. Na sequência, vemos um novo trio: Becca (Whitney Peak), Cassie (Lilia Buckingam) e Izy (Belissa Escopedo) lidando com os dramas de serem adolescentes diferentonas, com exceção de Cassie, a filha do prefeito e extremamente popular. Aqui então vemos que Becca está fazendo 16 anos, uma idade mística para as bruxas. Ao acidentalmente acender a chama, de uma vela produzida aos moldes da original, que o motivo a gente descobre mais tarde e faz ligações com o primeiro.
As irmãs voltam e já logo de cara encarnam “The Bitch Is Back” de Tina Turner, em uma versão trocando por “Witch” (Bruxa). A partir daqui o saudosismo toma conta, e continuamos vendo elas tendo esse momento de conflito com um mundo muito mais moderno e muito mais assustador para elas, com uma geração que cresceu sabendo de suas lendas. Durante toda a jornada, é divertido demais acompanhá-las e ver como a irmandade é algo sagrado para elas.
Vale sempre destacar que o gato é um easter egg para o primeiro filme, e uma participação especial aqui, que permeia do meio até o fim, é mais do que suficiente para te manter vidrado vendo as trapalhadas delas. Se tudo isto não for suficiente, a trama é bem amarrada, as atuações são muito boas, e a atmosfera criada, mesmo que previsível, te leva a ter os melhores sentimentos.
É O FIM?
Ao final, quando temos um momento da catarse de Winnie e das novas protagonistas, o gostinho de quero mais é claro. No final, lágrimas vem e vão com a precisa atuação de Bette Midler. Agora, um filme sem cenas pós créditos, por mais boba que seja, é necessário. Aqui o futuro fica em aberto, e se acontecer uma sequência para uma futura trilogia, queremos ver mais das bruxas jovens, e muito mais bruxaria, porque aqui ela acontece em momentos muito pontuais, e cômicos também. No final, “Abracadabra 2” é mais do que uma sequência, ou mais do que um remake/reboot, que o filme nem pretende ser. Ele é uma grande homenagem a toda a maestria do original, trazendo alegria a todos que esperaram anos e anos para uma nova história das bruxas maléficas e desengonçadas. Ponto pra Disney, de novo!
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