Anitta cobra ricos por papel na luta ambiental e critica desigualdade: ‘São quem mais poluem’
A cantora participou do Prêmio Earthshot, no Museu do Amanhã, e destacou a importância da consciência coletiva em entrevista à CARAS Brasil
O Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, se transformou em palco de discussões sobre o futuro do planeta na noite desta quarta-feira, 5, ao receber o Prêmio Earthshot, idealizado pelo príncipe William (43). O evento, que celebra iniciativas ambientais inovadoras, reuniu personalidades e líderes engajados na busca por soluções sustentáveis. Entre os convidados, Anitta (32) se destacou não apenas pelo carisma, mas pelo discurso consciente e maduro sobre o papel individual na transformação do mundo.Em entrevista à CARAS Brasil no tapete verde da cerimônia, a cantora revelou que vem passando por um processo profundo de mudança em sua forma de enxergar o consumo e as próprias escolhas. A artista, que há anos utiliza sua influência para debater temas sociais, mostrou um olhar cada vez mais atento às consequências de suas atitudes cotidianas.“Hoje em dia, tudo que eu vou aprendendo… nossa, eu mudei muito o meu dia a dia. As decisões, por exemplo, na minha casa, na minha vida, nas escolhas de carreira, até nas coisas que eu preciso ou não comprar. Tem coisas que a gente realmente precisa e outras que são completamente supérfluas. Fui aprendendo bastante a equilibrar isso, porque eu não acho que o segredo esteja em todo mundo parar de ter tudo. São costumes, né? A sociedade já está acostumada de um jeito e vai levar muito tempo para que as coisas sejam diferentes”, refletiu.Anitta reforçou que a transformação coletiva começa em gestos simples, mas que o comprometimento deve ser proporcional ao impacto que cada um gera. A artista fez questão de destacar a desigualdade no debate ambiental e defendeu a responsabilidade ampliada de quem tem mais recursos.“Mas eu acredito que cada um, abrindo mão de um pouquinho, já promove uma evolução imensa. Cada um fazendo a sua parte, dentro da sua realidade, faz uma diferença enorme, principalmente quem tem mais, porque, normalmente, quem polui mais é quem tem mais dinheiro. Quem degrada mais o meio ambiente também é quem tem mais recursos. A população pobre tem uma porcentagem muito pequena de responsabilidade em comparação com as pessoas ricas”, declarou.A intérprete de Envolver também questionou o foco das campanhas de conscientização ambiental, muitas vezes voltadas apenas à população de menor renda. Segundo ela, o debate precisa ser ampliado e incluir quem realmente tem o poder de reduzir significativamente os danos causados ao planeta.“Então, isso deveria partir primeiro dos mais ricos. E eu fico pensando nessas campanhas que falam com o pobre, dizendo ‘feche a torneira’ e tudo mais. É importante? É, claro. Mas conscientizar o rico sobre os exageros é muito mais necessário, porque essa é a parcela que gera a maior parte da poluição”, concluiu. Uma publicação compartilhada por CARAS (@carasbrasil)
