Após viver Ayrton Senna nos teatros, Hugo Bonemer fala sobre como foi interpretar Nelson Piquet em série
A rivalidade em ambientes competitivos como no mundo do automobilismo continua presente até os dias atuais. No entanto, as brigas nos anos 80 e 90 entre os pilotos brasileiros, muitas vezes também eram extra-pista. Como acontecia com Ayrton Senna e Nelson Piquet, que se estranhavam dentro e fora dos circuitos da Fórmula 1.
A série Senna, que entrou no catálogo da Netflix na última sexta-feira dia 29, retrata essa troca de faíscas. No entanto, é um fato que não há ninguém melhor para falar sobre esse cenário de antagonismo do que Hugo Bonemer. O ator, de 37 anos de idade, curiosamente já viveu Senna no teatro e agora interpreta Piquet no seriado.
O Fofocas e Famosos marcou presença na première de lançamento da produção na última terça-feira, dia 26, em São Paulo, e bateu um papo exclusivo com Hugo que brincou sobre como se sente ao viver, agora, um dos maiores rivais de Ayrton:
– A sensação que tenho é como se eu estivesse no meio do campeonato e tivesse virado a casaca. Meio que trocado de time no meio do rolê. [risos] E isso é muito divertido!
Ele ainda descreveu a relação entre seu personagem e o protagonista, Gabriel Leone:
– Os olhares, os gestos, as sutilezas da relação do Senna e do Piquet foi o que mais me deixou feliz de poder explorar nessa série. É tudo muito sutil e ter o Gabriel Leone fazendo o Senna, eu acho que elevou muito tudo. Então a gente conseguiu trazer um nível de sutileza muito interessante.
Questionado sobre como se preparou para viver outro piloto de corridas, depois de interpretar Ayrton nos teatros entre 2017 e 2018, ele ponderou:
– Eu acho que eu comecei a estudar pro Piquet enquanto eu comecei a fazer o Senna em 2018. Porque foi me trazendo todo esse universo da Fórmula 1. Que foi fazendo com que eu pudesse me inteirar de todos esses grandes personagens, de uma forma que eu, na verdade, não consegui viver. Eu era muito novo quando o ele morreu, eu tinha sete anos.
Hugo ainda relembra como foi viver aquele fatídico 1º de maio de 1994.
– Me lembro de ver meu pai e meu irmão chorando, e eu muito pequeno perguntei: Por que vocês estão chorando? E eles falaram: Ayrton Senna morreu, você não vai chorar também? Aí eu comecei a chorar e não parei mais.