Armie Hammer reflete sobre acusações de canibalismo e diz ser grato por tudo o que aconteceu

Durante entrevista ao podcast Painful Lessons, Armie Hammer falou sobre como foi enfrentar as acusações de canibalismo. O ator chamou os boatos de absurdos e disse que passou por muitas lições dolorosas enquanto era bombardeado por julgamentos e mensagens de ódio.

– Foram três anos e meio de lições dolorosas, de conhecimento e foi muito difícil. No começo, aprendi a aceitar e lidar com o que estava acontecendo de uma forma que eu não causasse mais dor e danos a mim, a meus filhos. Parecia que eu estava em um furacão. Mesmo eu querendo rebater, sair e gritar: Isso é loucura! O que é isso que todos estão dizendo?! É, [acusações de] que eu era um canibal! Agora posso olhar pra isso, com um certo distanciamento, e pensar: Isso é hilário! Me chamaram de canibal e todo mundo acreditou! É aquele cara comeu pessoas. O quê?! O que você está falando?! Foi bizarro.

Em seguida, o famoso disse ser grato por tudo o que aconteceu, pois permitiu que ele tivesse uma nova visão sobre a vida e adquirisse aprendizados. 

– O que quer que as pessoas tenham dito, seja lá o que tenha acontecido, agora estou em um ponto da minha vida em que sou grato por cada pedacinho disso. Antes de tudo isso acontecer, eu estava em um lugar na minha vida em que me sentia bem, nunca estava satisfeito, não tinha autoestima, não sabia me dar amor ou validação, mas eu tinha esse trabalho em que conseguia receber isso de tantas pessoas que eu nunca tive que aprender a me dar. Toda vez que me sentia mal comigo mesmo, abria o Instagram e olhava os comentários de uma selfie que havia postado. Eu era um buraco negro, independentemente de elogios, de adoração dos fãs. E essa chavinha mudou com muito ódio em escala global, foi uma crise espiritual e emocional. E olhei por esse lado: posso deixar isso me destruir ou usar como uma lição. Mas foi horrível e não desejaria isso para o meu pior inimigo. Para as pessoas que amo, desejo uma versão, preferencialmente menor do que eu passei, acontecesse com eles também para que aprendam tudo o que aprendi.

O artista ainda deixou uma reflexão:

– E outra: Se você está confortável, apenas existindo, e tudo é fácil, você se torna mole, uma coisinha delicada. Mas quando uma bigorna cai na sua cabeça, aí é quando você acorda […] Se você puder acessar a ideia de morte como uma fase transitória para a próxima parte de sua vida, acaba sendo grato por todas essa micromortes. […] Estou feliz que minha morte não foi física. Foi como se uma bomba tivesse matado todas as pessoas, me matado, matado meu ego, as pessoas ao meu redor – que eu pensei que eram meus amigos e não eram – todas desapareceram em um flash. Mas o prédio ficou de pé e aqui estou eu, ainda tenho minha saúde.

Armie revela que precisou trabalhar para se livrar dos ressentimentos relacionados à acusações e entrar em um processo de recuperação. 

– Há um processo de autoexploração e crescimento que vêm da dedicação de se recuperar. Tem que fazer o trabalho doloroso para que a recuperação tenha efeito. Estou em recuperação para que eu tenha uma vida, mas não necessariamente preciso que minha vida seja só a recuperação. Eu faço muitas coisas estúpidas, especialmente se for no calor do momento. Meu primeiro pensamento é sempre errado. Meu primeiro instinto sempre vai me colocar em problemas. Não sei se um dia isso irá embora. Se faço merda de novo, eu vou ter uma dolorosa lição pra aprender. Eu nunca vou ser um mestre zen ou que eu tenha a vida sobre controle. Talvez eu chegue, talvez demore 40 anos, não sei. No momento, odeio lições dolorosas, não quero nada menos que elas, mas sei que uma vez que eu for removido da lição inicial, posso voltar e falar: Eu precisava daquilo.

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