Atirador do CEFET usou arma registrada para executar crime

Investigação do caso CEFET aponta feminicídio

O ataque que resultou na morte da diretora Allane de Souza Pedrotti Matos, 41 anos, e da psicóloga Layse Costa Pinheiro foi cometido com uma pistola Glock calibre 380 registrada em nome de João Antônio Miranda Tello Ramos. O funcionário, que atuava no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET), no Maracanã, possuía o equipamento por ser CAC — categoria que reúne colecionadores, atiradores desportivos e caçadores. Segundo a Polícia Civil, após o duplo homicídio, ele foi encontrado morto ao lado da arma e de diversas munições, e a principal hipótese é de suicídio.+ ‘A direção não levou a sério esse caso’; se queixa irmã de uma das vítimas do atirador que matou duas colegas no CefetA Delegacia de Homicídios da Capital apura o caso como feminicídio. Testemunhas relataram que o servidor não aceitava ser chefiado por mulheres, motivo pelo qual a linha de investigação considera motivação de gênero. De acordo com depoimentos, João chegou normalmente para o trabalho e, à tarde, dirigiu-se à direção, onde efetuou os disparos contra as duas servidoras da Diretoria de Ensino.Allane foi atingida na cabeça e no ombro; Layse, na cabeça e no tórax. Ambas foram levadas ao Hospital Municipal Souza Aguiar, mas não resistiram. Os sepultamentos ocorreram no domingo, em cerimônias realizadas nos cemitérios Jardim da Saudade, em Paciência, e São João Batista, em Botafogo.A tragédia provocou forte comoção entre colegas e ex-servidores. A deputada estadual Elika Takimoto afirmou que docentes e estudantes relatam insegurança para retornar às atividades e mencionou que o autor do ataque carregava cerca de 50 projéteis. Nas redes sociais, a cantora Elisa Maia questionou o retorno de João ao trabalho após processo administrativo que concluiu não haver perseguição por parte de uma colega.A irmã de Allane, Alline de Souza Pedrotti, disse acreditar que o crime poderia ter sido evitado e criticou a entrada de João armado no campus. O CEFET decretou luto oficial por cinco dias. MEC e MGI informaram que organizam uma força-tarefa com unidades do SIASS no Rio para apoiar servidores e estudantes.+ Saiba quem são as servidoras do CEFET assassinadas a tiros por colega dentro da unidadeDocumentos do próprio órgão revelam que o agressor já havia sido alvo de medidas administrativas, incluindo… LEIA MAIS!

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