Atriz trans revela verdade por trás de papel em ‘Três Graças’: ‘Irmãs’

Gabriela Loran, intérprete de Viviane em 'Três Graças', datalha personagem e celebra oportunidade de viver papel trans

A vida profissional de Gabriela Loran ganhou um novo significado desde que ela entrou em Três Graças. A atriz, que sempre sonhou com um papel de representatividade, encontrou em Viviane a personagem ideal. “Ela é trans, mas ser trans não define a mulher que ela é”, afirma.Na trama, Viviane é uma farmacêutica respeitada, formada e dedicada à profissão. Ela mantém uma relação de irmandade com Gerluce (Sophie Charlotte), sua melhor amiga, com quem divide histórias, segredos e o peso das escolhas da vida. “A Viviane cuidou da Joélly [Alana Cabral], ajudou a Gerluce na gestação, e a Gerluce acompanhou todo o seu processo de transição. Elas são irmãs”, conta Gabriela ao Notícias da TV.Algumas mulheres que se identificam com Viviane, especialmente de profissionais trans formadas em Farmácia. “Já estou recebendo mensagens de mulheres trans formadas em Farmácia. A gente existe. A gente vive. Não somos só dor”, destaca.Ela também celebra o fato de sua personagem não morrer em cena. “A Viviane tem alma. Ela não está na novela para sofrer, mas para viver”, comemora Gabriela. Nos próximos capítulos, Viviane viverá um romance com Leonardo (Pedro Novaes), filho de Ferette (Murilo Benício), o grande vilão da história. A relação enfrentará o preconceito e a intolerância do empresário.”O amor vai ter que encarar o vilão. E tudo bem o vilão ser preconceituoso, porque ele representa o sistema que a gente quer combater”, reflete.  Além do drama pessoal, Viviane também será peça-chave na denúncia de um esquema de falsificação de medicamentos. “Ela é a razão, enquanto a Gerluce é o coração. Uma puxa a outra. Elas se unem para derrubar esse sistema podre”, explica Gabriela.Antes da TV, Gabriela Loran trabalhou durante anos em farmácias, coincidência que tornou a personagem ainda mais próxima de sua história. “Comecei como repositora e fui até a subgerência. Quando li a Viviane, eu vi que ela cabia em mim como uma luva”, lembra.Hoje, vivendo uma rotina intensa de gravações, ela comemora o novo momento da carreira. “Gravar com Sophie, com Alana, com todo o elenco, é um presente. E teve uma sequência que me marcou muito: Viviane falando com a avó. Chorei, porque é exatamente como eu falo com a minha. Essa personagem vai mexer com muita gente”, conclui.

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