Billy Porter sobre Harry Styles de vestido em capa: ‘Branco e hétero’

Reprodução/Instagram @theebillyporter e @harrystyles/Montagem

Billy Porter é um dos atores que mais vem se destacando na atualidade, tendo chamado a atenção do público após atuar na premiada série “Pose” e no longa “Cinderella” do Amazon Prime Video, sendo um grande nome quando o assunto é diversidade em Hollywood.

Em entrevista para o “Sunday Times Style”, o astro comentou sobre a moda masculina passar a adotar vestidos, o que era um tabu antigamente, e alfinetou o fato de Harry Styles ser o primeiro homem a aparecer em capa da revista “Vogue” com a peça de roupa, mesmo homens como ele usando a muito tempo.

“Eu acho que pessoalmente, eu mudei todo o jogo. E isso não é ego, é apenas um fato. Eu fui o primeiro a fazer isso e agora todo mundo está fazendo”, explicou o artista.

Eu sinto que a indústria da moda me aceitou porque foi obrigada a me aceitar. Não estou necessariamente convencido e aqui está o porquê”.

“Eu criei a conversa (sobre moda não ter gênero) e ainda assim a Vogue colocou o Harry Styles, um homem branco heterossexual, em um vestido em sua capa pela primeira vez”, disparou ele.

“Não estou atacando o Harry, mas é ele que você vai chamar representar essa nova conversa? Ele não se importa, ele só está fazendo isso porque é a coisa certa a fazer. Essa cultura é política para mim”, garantiu Billy Porter.

Essa cultura é minha vida. Tive que lutar minha vida inteira para chegar ao lugar onde pudesse usar um vestido no tapete vermelho do Oscar e não ser morto. Tudo o que ele precisou fazer foi ser branco e heterossexual”.

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REVELANDO SER HIV POSITIVO

Foram 14 anos guardando um segredo única e exclusivamente por vergonha. Até que na quarta-feira (19), em entrevista à Hollywood Reporter, Billy Porter revelou que há 14 anos tem o diagnóstico de HIV positivo.

“Há 14 anos convivo com essa vergonha em silêncio. HIV-positivo, de onde venho, uma igreja pentecostal com uma família muito religiosa, é o castigo de Deus”, disse.

O americano vencedor do Emmy de Melhor Ator em 2019 por sua atuação em “Pose”, disse que 2007 foi o pior ano de sua vida por ter recebido os diagnósticos de HIV e diabetes tipo 2 e por ter assinado os papéis de uma falência.

O fato de vir de uma família religiosa da Pensilvânia também influenciava na “vergonha” que sentiu. Por isso, o fato de ser portador do vírus foi um segredo que ele guardou até de sua mãe.

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“Minha mãe já havia passado por tanta perseguição por parte da igreja por causa da minha estranheza, que eu simplesmente não queria que ela vivesse o seu ‘eu te disse’. Não queria colocá-la nisso. Estava envergonhado, eu era a estatística que todo mundo dizia que eu seria”.

O artista destacou que teve medo também de ser prejudicado no trabalho. Na época, ele ainda não tinha ganhado o Tony pela performance no musical “Kinky Boots” (2013), tampouco estrelado “Pose” (2018).

“Estava tentando ter uma vida e uma carreira, e não tinha certeza se conseguiria se as pessoas erradas soubessem. Seria apenas outra forma de as pessoas me discriminarem em uma profissão que já é discriminatória”, disse.

“Tentei pensar a respeito o mínimo que pude. Tentei bloquear, mas a quarentena me ensinou muito. Todos nós fomos obrigados a sentar e a calar a boca”.

Billy Porter alfinetou o fato de Harry Styles ser o primeiro homem a aparecer de vestido em capa da revista “Vogue”, lembrando que ele já se vestia assim antes. O post Billy Porter sobre Harry Styles de vestido em capa: ‘Branco e hétero’ apareceu primeiro em O Fuxico.
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