Bruno Gagliasso diz que ‘era racista’ antes de adotar filhos: “É uma dor que não dá para explicar”
Bruno Gagliasso compartilhou a sua trajetória de aprendizado sobre racismo durante participação no programa “Sem Censura”, apresentado por Cissa Guimarães na TV Brasil. O ator revelou que, ao adotar Títi e Bless, começou a confrontar o racismo internalizado e admitiu que tinha pensamentos preconceituosos.
“Aprendi vivendo. Eu era racista. Nós crescemos em uma sociedade racista, que nos fez tornar racistas”, declarou em entrevista ao programa “Sem Censura”, apresentado por Cissa Guimarães, na TV Brasil.
“É um processo que toda a gente tem que fazer. Primeiro, tens que te reconhecer como, e aí, ir trabalhando e aprendendo. E não esperar que nos queiram ensinar. Foi a paternidade que me ensinou. Fiquei muito feliz com a paternidade e, ao mesmo tempo, muito triste de só ter aprendido na paternidade. Na pele nunca vou sentir, mas na alma vou porque não existe amor maior do que dos meus filhos. É uma dor que não dá para explicar”, completou.
O ator Patrick Congo, que protagonizou uma cena picante com Bruno Gagliasso em “Os Quatro da Candelária”, realizou um desabafo, onde afirmou que o momento foi extremamente sexualizado, deixando de lado um tópico de extrema importância na série: a morte de oito pessoas no centro do Rio de Janeiro.
“O beijo está sendo mais importante do que o corpo preto no chão. Isso é impactante também. Tudo bem que é o Bruno Gagliasso, mas sexualizar uma cena de beijo é fod*, porque se trata de um abuso”, declarou a artista em entrevista à revista Quem.
O famoso também apontou alguns problemas no relacionamento entre os personagens. “O Sete é menor e fica claro que eles se conhecem há muito tempo. É um jovem preto em vulnerabilidade social. Claro que tem amor, tem um romance, tesão, mas é como se o Jorge pegasse ele desde muito novo”, refletiu.
Apesar da cena tensa, Patrick revelou que deu o seu melhor. “A troca com o Bruno foi ótima. Foi um momento que me senti bastante seguro, e ele foi muito aberto comigo”, disse o ator.
“Ele me perguntou se podia me tocar na cena, e decidimos no ensaio como seria na hora de gravar. Conversamos se o beijo ia ser intenso, se teria língua. Porque eles estão em um momento quente de tesão e se amam. Tem amor naquela relação. Decidimos tudo, e gostei muito de ter trabalhado com ele. Como ele é mais experiente, tem uma outra vivência de como fazer cenas assim”, comentou.