Câncer de cólon: entenda a doença que causou a morte do rei Pelé
Nesta quinta-feira, 29 de dezembro, (parte final do intestino). O diagnóstico veio em setembro de 2021, durante uma bateria de exames de rotina. Desde então, e recebeu sessões de quimioterapia, nas últimas semanas, o tratamento estava focado no conforto e alívio das dores, enquanto permaneceu internado no Hospital Israelita Albert Einstein.
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Em todo o mundo, o câncer de intestino – que abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino) e ânus – é o terceiro tipo mais comum, sendo responsável por cerca de 10% de todos os diagnósticos de câncer.
No Brasil, dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que este é o segundo tipo de tumor mais frequente em mulheres e homens, sem considerar os tumores de pele não-melanoma – ficando respectivamente atrás do câncer de mama na parcela feminina da população e do câncer de próstata entre a masculina.
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A principal forma de diagnóstico e prevenção é através do exame de colonoscopia, em que um tubinho flexível com uma câmera na ponta é introduzido no intestino e faz imagens que revelam se há presença de possíveis alterações, permitindo, inclusive, remoção de pólipos e biópsias de lesões suspeitas.
O Ministério da Saúde recomenda iniciar o rastreio do câncer de cólon e reto da população adulta de risco habitual na faixa etária de 50 anos – mas muitos países já reduziram para 45 anos de idade.
“Grande parte dos tumores de intestino aparece a partir dos chamados pólipos, que são lesões benignas que crescem na parede interna do órgão, mas que se não identificadas preventivamente podem evoluir e se tornarem malignas com o passar do tempo. Após os 50 anos de idade, a chance de apresentar pólipos aumenta, ficando entre 18% e 36%, o que consequentemente representa um aumento no risco de tumores malignos decorrentes da condição a partir dessa fase da vida”, explica a oncologista Renata D’Alpino, co-líder da especialidade de tumores gastrointestinais do Grupo Oncoclínicas.
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A médica também lembra que pessoas com histórico pessoal de pólipos ou de doença inflamatória intestinal, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn, bem como registros familiares de câncer colorretal em um ou mais parentes de primeiro grau, principalmente se diagnosticado antes de 45 anos, devem ter atenção redobrada e realizar controles periódicos antes da idade base indicada para a população em geral.
De olho nos sinais
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), estima-se que neste ano o Brasil somou 40.990 casos novos de câncer de cólon e reto, afetando em proporção quase igual ambos os gêneros. Já o número de mortes chega a 18.867, sendo 9.207 homens e 9.660 mulheres, de acordo com os dados mais recentes disponíveis. Quando descoberto em estágios iniciais, o tumor pode ser curado em 70% dos casos.
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Ainda assim, a médica afirma que há muitos tabus que cercam o rastreio preventivo do câncer colorretal, o que contribui para a baixa adesão ao controle precoce da doença mesmo entre pessoas que fazem parte do grupo com risco aumentado.
“Muitas vezes, o tumor só é descoberto tardiamente, diante de sintomas mais severos, como anemia; constipação ou diarreia sem causas aparentes; fraqueza; gases e cólicas abdominais; e emagrecimento. Apesar do sangue nas fezes ser um indício inicial de que algo não vai bem na saúde, muitas pessoas costumam creditar essa ocorrência a outras causas convencionais, como hemorróidas, e acabam postergando a busca por aconselhamento médico e a realização de exames específicos. Isso faz com que muitas pessoas só descubram o câncer em estágios avançados”, diz.
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Como o câncer colorretal pode ser descoberto?
É muito importante traçar o histórico médico do paciente, justamente para a identificação de possíveis fatores de risco. O exame físico, como palpação do abdômen, pode ajudar na busca de possíveis anormalidades como órgãos aumentados ou massas.
Além disso, o médico pode realizar o exame digital retal, onde é inserido um dedo (protegido por luva lubrificada) no reto para avaliação. Outros exames que podem ser solicitados são:
Exame de fezes;
Exames de sangue;
Colonoscopia;
Biópsia;
Exames de imagem (raio X, ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada e PET Scan).
Pelé recebeu o diagnóstico de Câncer no Cólon em setembro de 2021 e tratou o tumor na região ao longo do ano, fez a cirurgia da retirada e sessões de quimioterapia. Nas últimas semanas, a preocupação com sua saúde aumentou, depois que voltou a ser internado.
De acordo com as primeiras informações, o corpo de Pelé passará por um embalsamamento. O velório começará na segunda-feira, 2 de janeiro, e o enterro será na terça-feira, 3 de janeiro, em Santos.
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