Carla Cristina Cardoso descreve personagem em Garota do Momento: – Uma safada, mas para a sociedade é recatada

Carla Cristina Cardoso já mandou avisar: Garota do Momento está chegando com tudo e promete conquistar o público logo de cara! A atriz interpreta Iolanda na nova trama das seis da TV Globo e a personagem chega para apresentar uma mulher viúva, fogo à frente de seu tempo, que é completamente dona de si e se encanta por homens mais novos. 

Ao descrever a personagem durante uma coletiva de imprensa, da qual o Fofocas e Famosos, participou, Carla destaca que para a personagem idade é apenas um número e já promete que ela será muito admirada pelo público. Na trama, que se passa em 1958, ela é a dona da pensão em que Beatriz [Duda Santos] se hospeda quando chega ao Rio. Iolanda vive tentando seduzir Ulisses [Ícaro Silva] e está sempre discutindo com a filha Ana Maria [Rebeca Carvalho]. 

– Mamãe dizia que idade é número. Nessa, a gente vai andando por aí e pegando todo mundo. Iolanda é uma mulher que vai ser muito admirada. A Alessandra Poggi [ autora da novela] tem essa de colocar as mulheres à frente do seu tempo. A mulherada coloca para quebrar mesmo, sejam 40, 30 ou 20 [anos]. A Iolanda é uma mulher divertida, feliz, tem uma responsabilidade de cuidar da vida da filha. Ela é dona do próprio nariz, chefe de seu próprio negócio, com uma filha babadeira, maravilhosa e linda, que é Ana Maria. Já estou apaixonada.

Em seguida, se diverte ao contar como Iolanda vive em suas fantasias amorosas, mas busca se portar como uma mulher recatada para dar exemplo à filha. 

– A Iolanda é uma safada, mas para a sociedade ela é recatada e do lar, muito responsável. Como todos nós, brasileiros, temos nossas fantasias na cabecinha. Eu acho que ela vive das fantasias que têm, que é a forma de ela colocar para fora. Cada um tem a sua, mas a safadeza dela é posta devagarinho. Não dá para fazer grandes coisas, ela tem que dar o exemplo para a filha. Eu acho que ela é uma mulher feliz dentro do que conseguiu viver. 

Porém, a dona de pensão provavelmente já passou o rodo nos novinhos da cidade. 

– Eu acho que ela deu para muitos novinhos nessa cidade. O Ulisses chegou agora, mas acho que ela já pegou filho de muita gente. Até hoje tem, conheço uma galerinha que sai com novinho e tem filhos mais velhos do que esses novinhos, mas em 1958 a parada era diferente. 

Carla cobre a produção da novela de elogios e revelando que os bastidores são extremamente animados, o que torna a experiência ainda melhor. 

– A novela é linda, a nossa figuração está impecável. Você entra no cenário e não acredita que aquele povo está em 2024. Está muito impecável, a coxia é babadeira. Eu só faço novela quando a coxia é feliz, porque quando ela é feliz, a novela é um sucesso.

Ela finaliza deixando um recado:

– Vocês aguardem dia 4 de novembro e não se assustem porque é isso mesmo, a gente vai vir arrancando e arrebentando tudo. 

Rebeca Carvalho

Interpretando Ana Maria, filha de Iolanda, Rebeca de Carvalho também compartilha detalhes sobre a sua personagem:

– O público pode esperar da Ana Maria uma comicidade, porque ela não é realmente como as outras meninas, recatada, do lar. Não que ela saia fazendo besteira a tudo o mais, a única coisa que ela faz é beijar o namorado dela, o que a mãe não gosta, porque ele é um mulherengo. 

Ao refletir sobre a relação que ela tem com a mãe na trama, a atriz explica que apesar de viverem discutindo, há um sentimento de admiração. 

– Apesar de todas as brigas, ela ama a mãe e a admira, porque é uma mãe solo ser chefe de família, dona do próprio negócio, uma empresária de época, uma mulher preta. Ela não mostra muito essa fragilidade e se mostra forte o tempo todo, justamente por essa relação de gato e rato. Mas acho que, no fundo, ela só queria que a mãe sentisse orgulho dela, das coisas que ela faz e tudo o mais. 

E revela o que mais gosta em Ana Maria:

– Sou muito orgulhosa da minha personagem, por trazer essa visão para as pessoas de que uma menina preta pode, sim, estar bem-vestida e não se encaixar no padrão da sociedade. Acho que a Ana Maria tenta se encaixar nisso que a mãe dela quer, mas ela não consegue. No final, não está fazendo nada de errado. Não está matando ou roubando, apenas quer viver a adolescência porque um dia ela acaba. 

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