Caso Sean “Diddy” Combs começa a ser julgado nesta segunda-feira

Caso Sean 'Diddy' Combs começa a ser julgado nesta segunda-feira Lorena Bueri

O julgamento do rapper e produtor musical Sean “Diddy” Combs tem início nesta segunda-feira (5), nos Estados Unidos, após meses de detenção preventiva. Combs enfrenta diversas acusações, incluindo violência sexual, tráfico, agressão e outros crimes.

A escolha do júri está marcada para começar nesta segunda-feira (5), enquanto as declarações iniciais devem ocorrer a partir do dia 12. A previsão é de que o julgamento se estenda por várias semanas.

Rapper enfrenta acusações de diversas pessoas 

O artista será julgado por uma série de crimes pelos quais é investigado. Entre as acusações, está o uso de sua influência para promover exploração sexual, incluindo o tráfico de pessoas para fins de escravidão sexual. Ele também responde por sequestro, violência e suborno.

Atualmente, o cantor está preso há mais de sete meses. As denúncias, feitas por mais de 90 vítimas, entre homens e mulheres, apontam práticas de violência sexual. Apesar da gravidade das acusações, o rapper nega todas as irregularidades e se declara inocente.


Novas acusações a Diddy (Vídeo: reprodução/YouTube/NatyeIsa)


Saiba mais sobre o julgamento

O júri do caso será composto por mais de 10 jurados titulares e pelo menos 5 suplentes. As declarações iniciais estão previstas para a próxima segunda-feira (12). Ainda não há uma data definida para o encerramento do julgamento, mas a expectativa é de que o processo se prolongue por vários dias. Por se tratar de um caso sigiloso e em cumprimento às determinações judiciais, as audiências não serão divulgadas ao público.


Julgamento de Sean ‘Diddy’ Combs começa com seleção do júri (Vídeo: reprodução/YouTube/G1)


De acordo com a promotora Emily Johnson, o juiz precisará de mais de duas semanas para apresentar todos os detalhes do caso. Por outro lado, o advogado Marc Agnifilo, responsável pela defesa do produtor, afirmou que será necessário apenas uma semana para que tudo seja investigado.

Ex-namorada de rapper, Cassia Ventura, depõe no julgamento

O governo dos Estados Unidos localizou quatro das vítimas mencionadas durante a investigação, que deverão testemunhar sobre os acontecimentos. Em uma das audiências, realizada no dia 18 de abril, foi determinado que três das quatro vítimas citadas, incluindo duas testemunhas, optaram por não ocultar suas identidades e revelaram seus nomes reais. Entre elas, está a ex-namorada do músico, Cassia Ventura.


Vídeo sobre a relação abusiva de Diddy (Vídeo: reprodução/YouTube/@NatyeIsa)


Cassia, em 2023, acusou o rapper de a ter estuprado e cometido violência contra ela durante todo o período em que ficaram juntos. Um ano depois, imagens de uma câmera de segurança, em 2016, mostraram Cassia sendo agredida pelo então namorado Diddy. 

Mais detalhes sobre o caso

Em setembro do ano passado, nos Estados Unidos, o produtor musical foi preso sob acusações de diversos crimes, incluindo violência sexual, tráfico humano e promoção da prostituição. Além disso, ele enfrentou outras acusações relacionadas a comportamentos agressivos e tóxicos, sendo descrito como alguém que usava álcool e drogas como ferramentas para ameaçar e controlar aqueles sob sua influência.

Segundo informações sobre o caso, a acusação conta com mais de 10 páginas. O foco central da investigação contra o artista é de que ele seria o mentor que ordenava as orgias, chamadas de “freak-offs”, uma ação em que um casal de profissionais do sexo eram submetidos a serem participantes de uma programação de sexo, que eram filmadas. Para essas situações, segundo informações, eram utilizadas drogas e óleos para bebês.

De acordo com informações sobre o caso, não apenas o produtor estava envolvido, mas também seus funcionários, que colaboravam com ele nesse esquema que se arrastava há mais de uma década.

Promotores responsáveis pela investigação afirmam que o compositor usava seu poder na indústria para manipular mulheres, prometendo sucesso em suas carreiras em troca de submissão aos seus desejos. Aqueles que se recusavam eram ameaçadas de serem “canceladas”.

Quando contrariados, ele recorria à ajuda de seus sócios para punir aqueles que não aceitavam seus termos, com agressões, sequestros e até acusações de envolvimento em incêndios criminosos.

A opinião dos advogados de Diddy 

Os advogados do rapper, contatados, afirmam que o empresário não é culpado de nenhuma das acusações pelas quais está sendo julgado. Eles alegam que as atividades sexuais foram realizadas de forma consensual, com todos os envolvidos participando voluntariamente, e que ninguém foi forçado a fazer nada. Além disso, defendem que os acontecimentos não configuram uma organização criminosa.

Foto destaque: Sean Diddy Combs (Reprodução/Instagram/@rollingstonebrasil)

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