CCJ adia votação sobre cassação do mandato de Carla Zambelli

Comissão adia decisão sobre cassação; relator alega "perseguição política" e "suspeitas" para defender a permanência da deputada.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara decidiu adiar, nesta terça-feira (2), a análise do processo que pode resultar na perda de mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). O adiamento ocorreu após um pedido de vista coletivo feito por parlamentares da base governista, incluindo Claudio Cajado (PP-BA), Gisela Simona (União-MT), Mauricio Marcon (Pode-RS) e Pompeo de Mattos (PDT-RS), concedido pelo presidente da comissão, Paulo Azi (União-BA).+ CCJ da Câmara decide hoje sobre mandato de Carla ZambelliCom a medida, a votação sobre o parecer do relator Diego Garcia (Republicanos-PR), que já se manifestou a favor da manutenção do mandato, fica para a próxima semana, após cumprido o prazo regimental. A sessão também contou com o anúncio do vice-líder do governo, deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), de que apresentará um voto em separado contrário ao do relator.O processo, que tramita na CCJ desde junho por determinação do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi instaurado após o Supremo Tribunal Federal (STF) condenar Zambelli a dez anos de prisão por seu envolvimento na invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), crime pelo qual o hacker Walter Delgatti também foi condenado. Apesar da condenação judicial, o relator na CCJ considerou que há apenas “suspeitas” sobre a responsabilidade direta da deputada.Em sua defesa, Garcia apontou indícios de “perseguição política” e defendeu que “a Câmara não pode tomar decisões que resultem em perda de mandato com base apenas em suspeitas que deixam margem para dúvida”.No parecer, o relator concluiu que, “por haver dúvida profunda, grave e legítima”, seu voto é “pela preservação do mandato da Deputada Carla Zambelli e, acima de tudo, pela defesa da soberania do voto popular e da primazia do Poder Legislativo”.Zambelli também responde a uma segunda condenação do STF, desta vez por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, referente ao episódio em que foi filmada ameaçando um homem com uma pistola em São Paulo, em 2022. Ambas as decisões do Supremo determinaram a perda de seu mandato.Após a primeira condenação, a deputada deixou o Brasil e foi para a Itália, onde foi presa em julho deste ano por meio de uma cooperação internacional. Seu futuro político agora aguarda a definição da CCJ e, posteriormente, a votação em plenário.+ Lula liga para Trump e faz exigência; saiba o que éRogéria Bolsonaro, ex-mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro, saiu em defesa de seus três filhos após eles se unirem… LEIA MAIS!

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