Delegado envia investigação suspensa contra Felipe Neto à Justiça Federal

Felipe Neto

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Felipe Neto tem investigação suspensa enviada à Justiça Federal (Imagem: Reprodução / YouTube)

O delegado Pablo Dacosta Sartori, encaminhou a investigação contra o youtuber Felipe Neto para a Justiça Federal. O responsável pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, no Rio de Janeiro não poderia levar as informações à Polícia Federal, pois a Justiça carioca suspendeu o caso.

De acordo com as informações do jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, a informação do repasse da investigação para a Justiça Federal consta no detalhamento passado pelo delegado das investigações existentes no Rio, com base na Lei de Segurança Nacional, contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Cinco procedimentos contra o “capitão” tiveram início desde novembro do ano passado, sendo três deles por causa da afirmação de que ele seria um “genocida” por causa do seu trabalho no combate à pandemia do coronavírus.

Dentro desses casos, um tem relação com Felipe Neto. Mas a ação foi suspensa pela Justiça do Rio de Janeiro e não tinha indicação de compartilhamento de dados.

Ainda de acordo com a reportagem, Dacosta foi obrigado a informar os procedimentos abertos após a Defensoria Pública da União ingressar com um habeas corpus coletivo no Supremo Tribunal Federal. A medida foi pensada para barrar investigações contra críticos do presidente.

O movimento no STF foi motivado pelo projeto Cala-Boca Já Morreu, idealizado por Felipe Neto e por uma corrente de advogados.

“O Cala-Boca Já Morreu será um grupo da sociedade civil que vai lutar contra o autoritarismo e que será movido pelo princípio de que quando um cidadão é calado no exercício do seu legítimo direito de expressão, a voz da democracia se enfraquece. Não podemos nos calar. Não podemos deixar que nos calem e não vamos”, disse em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.

Antes da decisão judicial que suspendeu a investigação, Neto fez um vídeo em defesa da sua liberdade de expressão. “Um presidente que sabotou e sabota as medidas de prefeitos e governadores que tentaram fazer alguma coisa contra a propagação do vírus, um presidente que condenou durante todo esse tempo o uso de máscaras e se recusou a utilizá-las, que demitiu dois ministros da Saúde e gastou milhões em cloroquina, uma droga comprovadamente ineficaz, que se recusou veementemente a comprar vacinas”, desabafou.

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