“Depois do Fim”: Lagum apresenta um álbum coeso e denso
Dando início a mais uma fase, a banda Lagum apresentou nesta sexta-feira (14), o álbum intitulado “Depois do Fim”, que dá continuidade do EP “FIM”. O projeto sem participações, marca um trabalho centrado nas relações que envolvem fins e recomeços.
Logo de início quando depara com os nomes das 14 faixas que compõe o disco, você imagina uma história sobre relacionamentos afetivos, mas Pedro Calais, vocalista do Lagum, contou durante a coletiva de imprensa virtual que aconteceu na última quarta-feira (12) que não é só sobre o fim de um relacionamento. “A narrativa do disco começa a partir do fim de um relacionamento, mas não é necessariamente o fim do relacionamento sabe? Tem esse gatilho, pois está ali no meio, às vezes em pensamento, mas o ponto chave desse disco é depois do fim, com o sentindo de recomeço, agora minha vida vai para novo rumo, rodeada de novas pessoas, novas coisas, e ao mesmo tempo que é empolgante, também é reflexivo”.
Lagum traz a experimentação de métricas, formas e sonoridades antes pouco usadas, como piano, cordas, metais e texturas eletrônicas, além de não ter o baterista, antes representado pelo Tio Wilson. “O álbum teve esse ponta´ pé inicial de ser baseado no fim de um relacionamento, mas passamos na verdade por diversos fins. Passamos pelo fim de uma formação, pra uma nova formação e isso não tem impacto só na musicalidade de fazer um disco sem baterista, mas impacta no trabalho entre a gente mesmo. Passamos por diversos fins e o fim está sempre presente na vida das pessoas, mas ele é temido, difícil de engolir e trabalhamos esse processo de fim e recomeço. Todo mundo está passando por algum fim, seja profissional, ou que está de mudança para um outro lugar”, completou Otávio.
Sobre ser um álbum em que muitas pessoas vão se encaixar, o trabalho também moldou a descoberta interna de Lagum: “Esse álbum uniu muito a gente, curou nossa relação e vai ser um álbum de cura para quem tiver com a cabeça aberta. Sabemos quem estamos tocando e escolhemos muito bem nossos passos e palavras”, contou Chico.
O álbum chega trabalhado totalmente no audiovisual, com direção de Celina Barbi: “Pela primeira vez a gente está conseguindo amarrar as músicas com nossas intenções e achamos a maneira linkar todo o conceito junto com a identidade visual, destacou Pedro.
Lagum também comentou sobre a diferença do último álbum “Memórias”, com “Depois do Fim” e Glauco finalizou: “Eu acho que a diferença do último para esse é a coesão, não que não tenha sido coeso. Passamos um ano levantando guias e depois entramos no Estudio com dois produtores. ‘Memórias’ foi um nível de experimentação a nível de conhecer as coisas, que foi feito com vários produtores diferentes. Além da coesão tem a densidade a gente traz cosias mais tensas e mais pensadas”.
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