Estrela do Terceiro Milênio sofre atraso na abertura do 2º dia de desfile
Estreando no Grupo Especial paulistano, a Estrela do Terceiro Milênio abriu a segunda noite de desfiles no Anhembi, reverenciando a história do humor. Nas fantasias e nas alegorias, a agremiação do Parque América, no Grajaú, bairro da Zona Sul de São Paulo, relembrou os humoristas que marcaram a história e contou como a arte de fazer rir começou.
“O humor, o samba e o carnaval têm uma linha muito próxima, porque todos nos fazem felizes e dar risada, mas também colocam o dedo na ferida”, explicou o carnavalesco Murilo Lobo.
Para o desfile, homenageou Dercy Gonçalves. “É muito importante e é muito gratificante porque a gente luta tanto”, disse ela em conversa com o OFuxico.
ATRASO
A agremiação demorou para entrar na Avenida porque a Liga das Escolas de Samba acabou tendo problema com o maquinário para colocar cada componente em cada carro alegórico.
Ficha técnica:
Fundação: 5/5/1998
Cores oficiais: vermelho, azul, branco e verde
Presidente: Silvão Leite
Enredo: “Me dê sua tristeza que eu transformo em alegria! Um tributo à arte de fazer rir”
Carnavalesco: Murilo Lobo
Mestre de Bateria: Vitor Velloso
Rainha da bateria:
Musa da Bateria: Mirela Birnfeld Leite
Madrinha da escola: Priscila Reis
Intérpretes: Grazzi Brasil e Bruno Ribas
Direção de Carnaval: Carlos Pires e Devair Francisco
Famosos: Vários humoristas, entre eles
também desfilou pela escola relembrando os tempos de “CQC”. “O humor é saúde pública e alegria. Carnaval é risada. Humorista é um cara que entra na briga sem a rede de proteção. Eu acho que o que o Grajaú aponta é o humor como saneamento básico mesmo e o Brasil viveu tantas brutalidades que é difícil processar só na parte racional. O humor as vezes faz a gente encarar coisas que a gente não estava preparado para encarar”, disse.
Marcelo Adnet foi um dos homenageados pela escola. “Primeira vez no Anhembi, vou descobrir o que é isso agora. É muito importante, o humor e o Carnaval são resistência, os dois são formas de contestação e de arte”, disse.
O SAMBA
Os compositores Pitty di Menezes, Thiago Meiners, Claudio Mattos, Wilson Mineiro e Marquinhos Bonsucesso assinam a obra que contagiou a avenida
Confira a letra:
Sou eu
O gesto que faz sorrir
Sou eu, sou eu
Comédia profana e sagrada
Fui sátira em nobre ritual
Um bobo nem tão bobo assim
E vi na era medieval
A corte a brindar por mim
Renasci pelas ruas num ato de amor
Papel de improviso a fazer gargalhar
Tirando onda da nobreza
Ri da tristeza pra vida recomeçar
Caminhando contra o vento e a repressão
Fiz de um traço arma pra revolução
Driblei a censura, dei fim ao segredo
Pra esperança vencer o medo
Em inesquecíveis personagens
No cinema, luz da inspiração
Do rádio à tela da TV
Pro mundo na palma da mão
Sou o riso da criança
O remédio para sua dor
No sofá ou no banco da praça
Em toda forma de expressar humor
Notas musicais, mestres geniais
Arte que vai resistir
Bravo! É tempo de sorrir
Deixa a tristeza pra lá, sou alegria
Minha coruja a voar ao infinito
A estrela que brilha mais forte no céu
É o Grajaú pra conquistar o seu sorriso
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