Ex-BBBs Mahmoud e Ariadna quebram o silêncio e revelam que foram abusados sexualmente

Mahmoud Baydoun recorreu à web na última segunda-feira (18) para falar sobre um assunto bastante delicado. O ex-participante do Big Brother Brasil, pela primeira vez, contou para os fãs que foi abusado sexualmente na infância.

A revelação foi feita pelo sexólogo com o objetivo de ajudar outras pessoas que passaram pela mesma situação. “Fui uma das pessoas que foram vítimas de abuso sexual quando crianças. Sentia medo, vergonha e culpa. Um dia depois que fui abusado, aos 6 anos, contei pra minha mãe aos prantos com medo dela me bater”, relatou o famoso.

“Depois, aos 11 anos, quando sofri novamente um abuso sexual, eu tive muita culpa por ter sentido prazer – algo que acontece comumente mas dificilmente se fala sobre: se uma criança/adolescente sentir prazer quando é aliciada ou abusada, isso não elimina o fato que ela foi vítima de um abuso sexual e que isso vai deixar marcas traumáticas na psiquê dela”, prosseguiu.

“Na minha vida adulta, eu não criei aversão ao sexo como acontece em muitos casos, mas a terapia me fez perceber um padrão sexual muito comum entre vitimas de abuso sexual infantil: eu me objetificava sempre. Eu ficava sempre à mercê do prazer do outro como se eu fosse um brinquedinho sexual dos homens”, disse ainda.

O ex-BBB completou o desabafo contando que precisou passar por algumas sessões de terapia para conseguir lidar com tudo: “Sempre que eu me relacionava com alguém, eu revivia aquelas mesmas situações das quais eu fui vitima no passado distante. Falar sobre na terapia, revisitar meus traumas e me conhecer melhor foi essencial para eu superar tudo isso que aconteceu”.

No campo de comentários da postagem, Ariadna Arantes, que assim como Mahmoud, também participou do reality de confinamento da Globo, relatou uma experiência parecida.

“Nossa, amigo! Muito igual minha história. Fui abusada sexualmente aos 6 anos e aos 10 fui estuprada. É uma vergonha que dá porque achamos que nós temos a culpa. Fui estuprada depois aos 15. Muito triste crescer sentindo isso”, lamentou ela.

Veja!

 

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[CONTÉM GATILHO] Hoje, 18 de Maio, é o Dia Nacional do Combate ao abuso e à exploração sexual infantil. Coincidentemente, entrei pra dar BOM DIA no grupo das minhas alunas da UFSEXO e me deparei com o depoimento de uma aluna relatando que foi abusada sexualmente quando era criança e como isso afetou sua vida sexual por muito tempo. Imagino que tenha sido bastante doloroso pra ela assim como é para a grande maioria das pessoas que foram vítimas de abuso sexual quando crianças. Eu também fui uma dessas crianças. Sentia medo, vergonha e culpa. Um dia depois que fui abusado aos 6 anos, contei pra minha mãe aos prantos com medo dela me bater. Depois aos 11 anos, quando sofri novamente um abuso sexual, eu tive muita culpa por ter sentido prazer- algo que acontece comumente mas dificilmente se fala sobre: se uma criança/adolescente sentir prazer quando é aliciada ou abusada, isso não elimina o fato que ela foi vítima de um abuso sexual e que isso vai deixar marcas traumáticas na psiquê dela. Na minha vida adulta, eu não criei aversão ao sexo como acontece em muitos casos, mas a terapia me fez perceber um padrão sexual muito comum entre vitimas de abuso sexual infantil: eu me objetificava sempre. Eu ficava sempre à mercê do prazer do outro como se eu fosse um brinquedinho sexual dos homens. Nunca era sobre o meu prazer. Sempre que eu me relacionava com alguém, eu revivia aquelas mesmas situações das quais eu fui vitima no passado distante. Falar sobre na terapia, revisitar meus traumas e me conhecer melhor foi essencial para eu superar tudo isso que aconteceu. Eu leio a maioria dos directs que vocês me mandam e sei que muitas de vocês também foram vítimas de abuso sexual mas não se sentem à vontade para falar sobre, encarar o trauma e se transformar sexualmente . Por isso, vou fazer uma Live hoje às 20 hrs para falar mais sobre o assunto, dar dicas de como se libertar de traumas sexuais passados e lançar o desafio #LIBERTESE. Vamos quebrar as barreiras do medo, da vergonha e da culpa e nos permitir um futuro sexual melhor. Se aconteceu com você, não se cale!! OBS. NÃO ASSISTA A LIVE se você acha que não está pronta pra isso!! #sexologia

Uma publicação compartilhada por Mahmoud Baydoun (@mahmoudbaydoun_) em 18 de Mai, 2020 às 1:53 PDT

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