Felipe Neto cria projeto para defender processados por críticas a Bolsonaro

Felipe Neto
Felipe Neto se une a advogados para defender processados por Bolsonaro (Imagem: Reprodução/ Instagram)

Depois de ser investigado por fala contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Felipe Neto resolver tomar uma atitude para defender todos os processados ou investigados por críticas ao político.

Em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o youtuber revelou que está organizando uma frente de advogados para defender de graça de todas as pessoas que forem investigadas ou processadas por se manifestarem contrariamente ao presidente.

O projeto Cala a Boca Já Morreu será integrada pelos escritórios de André Perecmanis, Augusto de Arruda Botelho, Beto Vasconcelos e Davi Tangerino.

Segundo o famoso, o serviço poderá ser utilizado por qualquer indivíduo que não possua advogado constituído e que por meio de uma plataforma poderá acionar a equipe responsável pelos encaminhamentos jurídicos.

“O Cala-Boca Já Morreu será um grupo da sociedade civil que vai lutar contra o autoritarismo e que será movido pelo princípio de que quando um cidadão é calado no exercício do seu legítimo direito de expressão, a voz da democracia se enfraquece. Não podemos nos calar. Não podemos deixar que nos calem e não vamos”, disse Felipe Neto.

Augusto de Arruda Botelho comentou: “A liberdade de expressão no Brasil está sob ataque de violentos inimigos da democracia”.

“Querem intimidar e silenciar a todos aqueles que criticam autoridades públicas, eleitas pelo povo, e que exercem o poder que têm em nome desse mesmo povo. E para isso, se armam da Lei de Segurança Nacional, herança do passado mais terrível e assombroso do país: a ditadura militar”, acrescentou.

Nesta semana, a polícia Civil do Rio de Janeiro intimou o youtuber por ter chamado o presidente de “genocida”. Foi ele quem revelou a ação feita pelo delegado titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), Felipe Sartori.

“Carlos Bolsonaro foi no mesmo delegado que me indiciou por ‘corrupção de menores’”, afirmou o ativista em sua rede social. Sartori negou favorecimento político ou intimidação a Neto.

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