Governador do Rio diz que “as únicas vítimas foram os policiais” ao lamentar mortes em megaoperação
Cláudio Castro lamentou morte dos quatro agentes e tratou restante das vítimas como criminosos
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou durante entrevista coletiva que “as únicas vítimas foram os policiais” ao comentar as mortes ocorridas durante a megaoperação realizada nas comunidades da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio. Cláudio Castro lamentou a perda de quatro agentes e prestou solidariedade às famílias, classificando a ação como um marco no combate ao crime organizado. As informações são da CBN.Durante a fala, Cláudio Castro reforçou o tributo aos agentes mortos e exaltou o papel deles na ação. O governador declarou: “Mais uma vez queria me solidarizar com as famílias dos nossos quatro guerreiros que ontem deram a vida para libertar a população. Aquelas foram as verdadeiras quatro vítimas que tivemos ontem. De vítima ontem lá, só tivemos os policiais e eu rogo a Deus pela vida desses policiais e pelo conforto às suas famílias.”Cláudio Castro explicou que a operação tinha mandados judiciais e foi planejada ao longo de mais de um ano, com 60 dias de preparação em parceria com o Ministério Público. O governador afirmou que, “tirando a vida dos policiais, o resto, a operação foi um sucesso”, e destacou que não houve pedido de apoio ao governo federal.O governador afirmou que o estado não tem condições de enfrentar sozinho “a guerra contra bandidos que fazem ocupação territorial” e defendeu união entre os governos. Cláudio Castro também ressaltou que o combate à criminalidade não será usado como palco de disputa política. Ele declarou: “Nós queremos resolver o problema. A agenda aqui não é política, não é eleitoral. A agenda aqui é de solução de um problema que afeta milhões de cariocas e fluminenses hoje. E por isso nós não vamos entrar em politicagem aqui. Nós trataremos esse assunto de maneira séria, de maneira técnica e de maneira construtiva para uma sociedade livre. Essa é a máxima e a tônica do governo do estado do Rio de Janeiro sob a liderança do governador Cláudio Castro.”Ao comentar sobre os mortos apontados em balanços paralelos, Cláudio Castro disse acreditar que todos eram criminosos, argumentando que os confrontos ocorreram em áreas de mata. O governador afirmou: “Então não creio que tivesse alguém passeando na mata num dia de conflito. E por isso a gente pode tranquilamente classificar e, se tiver algum erro de classificação, ele com certeza é residual e irrisório. E ele será, ainda que se tenha alguma pessoa que por um acaso possa ter acontecido uma situação, será absurdamente extraordinário e nós corrigiremos.”A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou que o número de mortos nas ações nos complexos da Penha e do Alemão é de 132, sendo 128 suspeitos e quatro policiais. O governo do estado, porém, divulgou 58 mortes, das quais 54 seriam de suspeitos e quatro de policiais. Cláudio Castro reconheceu que o número pode aumentar, relatando que havia uma fila de corpos em uma praça da Penha durante a madrugada, onde a contagem mais recente indicava 64 mortos.
