Hacker acusado de ameaçar Felca confessa fraudes em sistemas do governo
O programador Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, acusado de enviar e-mails de ameaça ao youtuber Felipe Bressanim Pereira, o Felca, prestou depoimento à Polícia Civil em Recife. No relato, ele negou ter sido o responsável pelas mensagens, mas confessou que invadia sistemas do governo e lucrava com a venda ilegal de informações.
O programador Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, acusado de enviar e-mails de ameaça ao youtuber Felipe Bressanim Pereira, o Felca, prestou depoimento à Polícia Civil em Recife. No relato, ele negou ter sido o responsável pelas mensagens, mas confessou que invadia sistemas do governo e lucrava com a venda ilegal de informações.De acordo com o documento registrado na Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, Cayo relatou que recebia pagamentos elevados pelos serviços clandestinos. “Só com esse serviço, cheguei a receber mais de R$ 500 mil”, disse.Entre os sistemas fraudados, estão o Polícia Ágil (Secretaria de Defesa Social de Pernambuco), o CadSUS (governo federal) e o CEREBRUM (Secretaria de Segurança Pública do Ceará). O acesso permitia desde consultas a dados sigilosos até a alteração de registros oficiais.Segundo a investigação, Cayo oferecia serviços como:O hacker afirmou ainda que sua maior fonte de lucro era a retirada de mandados de prisão no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP). Ele cobrava em média R$ 15 mil por alvará de soltura e disse ter emitido mais de 50. Para isso, invadia contas de magistrados e burlava o duplo fator de autenticação.Além das fraudes, Cayo Lucas é investigado por envolvimento em uma rede que estimulava a exploração sexual de crianças e adolescentes em “desafios” online. O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que o acusado também vendia material de abuso infantil.Essa ligação pode explicar as ameaças enviadas a Felca no dia 16 de agosto. Em uma das mensagens, às 5h30 da manhã, o remetente escreveu: “Você acha que vai ficar impune por denunciar o Hytalo Santos”, citando uma denúncia feita no vídeo do influenciador.
