Indígenas Guaicurus são reverenciados no desfile da Barroca Zona Sul
A verde e rosa foi a terceira a desfilar, contando a história povos primários que habitavam as regiões do centro-oeste antes do descobrimento do Brasil, em 1500.
“Os Guaicurus vieram dos índios Mbayás, sobreviventes da região do Chaco e de origem Inca. O povo Mbayá-Guaicuru se formou na região do Chaco pantaneiro durante as invasões do velho mundo para conquistar as terras Incas e, futuramente, as terras do pantanal. Eles defenderam a região de invasores espanhóis e portugueses e se tornaram exímios cavaleiros, derrotando todos aqueles que ousassem dominar suas terras”, destacou a comissão artística.
Ficha técnica:
Fundação: 07/08/1974
Cores oficiais: verde e rosa
Presidente: Ewerton Rodrigo Ramos Sampaio (Cebolinha)
Enredo: “Guaicurus”
Comissão Artística: Rodrigo Meiners e Rogério dos Santos Monteiro
Mestre de Bateria: Fernando Negão
Direção de Carnaval: Marcus Paulo Tibechrani (Marcão)
Rainha de bateria: Juh Campos
Intérprete: Pixulé
Famosos: Não tem
O SAMBA
Thiago Meiners, Claudio Mattos, Sukata, Morganti, Tubino, André Mattos, Thiago Savanna, Wilson Mineiro, Julio Alves, Rodrigo Alves, Silvio Ribeirinho, Fernando Negão e Pixulé são os autores do samba que reverencia a população indígena do Pantanal
Confira a letra do samba:
O pranto da alma apaga essa chama
É luz de Iara, Tupã e Caaporã
Dono da terra é falange Guaicuru
Barroca é resistência por um novo amanhã
Anoiteceu !
No verde que abriga minha aldeia
Lamento ao esplendor da lua cheia
Raiou a maldade do carcará
Desperta a Fúria M’bayá
Pajé evoca meus ancestrais
Quem ousava destruir a paz
É ventania vinda de além-mar
Ouça… a natureza que se manifesta
O coração é arco, a mente é flecha
Ser livre é a lei do meu lugar
Auê, auê… Guaicuru chama pra guerra
Eu sou o grito que amedronta a floresta
Auê, auê… guaicuru não tem senhor
Cavalgando mata adentro
Enfrentando o invasor
Lágrima escorre do meu rosto
Pintado de dor e de traição
Página da história esquecida
Escondida no olhar de cada irmão
Brasil, meu país menino
O passado não me fez servil
Clamo ao cavaleiro da floresta
Verdadeiro filho dessa pátria mãe gentil
Hei de preservar meu Aracê
Meu povo é sentinela Kadiwéu
No pantanal há de resplandecer
O verde das matas, o azul do céu
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