Influenciadora diz que chegou ao ‘clímax do prazer’ em aula de pilates: ‘Sensação fora do comum’
De acordo com estudo científico, 33% das mulheres afirmaram já ter chegado ao clímax durante o treino
A influenciadora Alê Gaúcha, de 21 anos, relatou uma situação inesperada durante sua aula de pilates nos últimos dias. Segundo ela, enquanto realizava um dos exercícios, teve uma sensação bastante intensa. Posteriormente, ao pesquisar sobre o ocorrido, descobriu que havia tido um coreorgasmo.Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do TerraDe acordo com Alê, o episódio aconteceu durante sua primeira aula de pilates. Adepta de exercícios físicos apenas por motivos de saúde e bem-estar, ela nunca se considerou uma pessoa que treina pesado. Pelo contrário — sempre preferiu atividades leves e de forma tranquila. Por causa disso, recebeu diversas recomendações de amigas para experimentar o pilates. Após insistência, decidiu tentar.“Sempre gostei de atividades mais leves, que me façam sentir bem, mas sem mudar minha forma física. O pilates parecia perfeito pra isso”, disse a influenciadora, nascida no Rio Grande do Sul, por meio de declarações enviadas por sua assessoria.No dia da aula experimental, tudo ocorreu de forma espontânea. No meio de um exercício de fortalecimento do core, ela começou a sentir sensações intensas. “Senti uma pressão diferente na região abdominal, uma mistura de relaxamento e prazer. No começo achei que era apenas o esforço, mas a sensação foi crescendo até eu perceber que era algo físico, intenso e completamente fora do comum.”Apesar da sensação inusitada durante o treino, Alê afirma que não se constrangeu no momento, já que ainda não havia compreendido o que tinha acontecido. “Fiquei meio sem entender na hora, porque nunca tinha passado por isso. Mas depois, pesquisando, percebi que era algo natural e até mais comum do que parece”, comentou.Depois disso, ela conta que ficou mais tranquila e pretende continuar as aulas de pilates. Para Alê, é importante manter a saúde, mas sem buscar grandes mudanças estéticas — algo possível com a modalidade. “Acho bonito quando o exercício serve para equilibrar corpo e mente, não para mudar quem a gente é. As pessoas se identificam com o real. Mostrar meu corpo do jeito que ele é, sem filtro e sem intervenção, faz parte do que eu acredito e do que quero passar. Acho que esse é o meu diferencial”, finalizou.O coreorgasmo é um fenômeno ainda pouco estudado pela comunidade científica, mas já relatado por diversas pessoas que praticam ioga, pilates, ciclismo e exercícios abdominais. Uma das primeiras menções ao tema na literatura médica ocorreu em 1953, quando o pesquisador Alfred Kinsey abordou a questão no livro Sexual Behavior in the Human Female (Comportamento Sexual na Mulher). Segundo a obra, uma em cada dez mulheres já experimentou o orgasmo durante atividades físicas em algum momento da vida.O termo “coreorgasmo” só ganhou força e passou a ser levado a sério na medicina em 2011, quando voltou a ser objeto de estudo da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos. Na época, o fenômeno foi classificado como Exercise-Induced Orgasm (EIO) — em tradução livre, “orgasmo induzido por exercício”.A educadora sexual Debby Herbenick liderou a pesquisa com mulheres que relataram ter atingido o ápice do prazer durante a prática de atividades físicas. O estudo apontou que, entre 370 mulheres entrevistadas, 33% afirmaram já ter chegado ao orgasmo durante o treino. Herbenick se aprofundou no tema e, em 2015, lançou o livro The Coregasm Workout: The Revolutionary Method for Better Sex Through Exercise (O Treino Coreorgasmo: O Método Revolucionário para um Sexo Melhor por Meio de Exercícios, em tradução livre).De acordo com especialistas da área, o fenômeno ocorre quando há contrações intensas dos músculos do abdome e do assoalho pélvico, o que pode gerar liberação involuntária de prazer semelhante ao orgasmo.
