Julgamento que pode cassar Cláudio Castro e torná-lo inelegível acende sinal de alerta entre aliados da direita

Governador do Rio enfrenta julgamento no TSE que pode cassar seu mandato

A decisão da ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de pautar para a próxima terça-feira (4) o julgamento que pode cassar o mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), movimentou os bastidores da política. O caso, que também envolve o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), e o ex-vice-governador Thiago Pampolha (MDB), reacende tensões entre o Palácio Guanabara e o Planalto.+ “O maior criminoso do estado do Rio de Janeiro está solto e dando entrevistas”, diz Glauber Braga sobre Claudio CastroAliados de Castro enxergam a decisão do TSE como um ato político, tomado logo após a operação policial mais letal da história do Rio, que resultou em mais de 120 mortes. Fontes ligadas ao PL afirmam que o tribunal estaria fazendo um “movimento casado” com o governo federal. “O TSE pode ser um tribunal político, mas não pode ser um braço do governo Lula”, disse uma fonte à coluna de Malu Gaspar, do O Globo.As ações analisam denúncias de abuso de poder político e econômico no chamado “escândalo do Ceperj”. Em 2022, o caso revelou uma “folha de pagamento secreta” com 45 mil nomeações para cargos temporários no Ceperj e na Uerj, incluindo aliados do governador. O TRE-RJ absolveu Castro e seus aliados por 4 votos a 3, mas o Ministério Público Eleitoral recorreu, e o processo chegou ao TSE.+ Paulo Vieira detona governador do RJ após megaoperação com mais de 120 vítimas: ‘Sacrifica o povo’A ministra Isabel Gallotti, relatora do caso e autora de votos duros em julgamentos recentes, preocupa aliados de Castro. Ela já havia defendido a cassação do governador de Roraima, Antonio Denarium, por abuso de poder político — situação semelhante à do governador fluminense.Se o TSE decidir pela cassação, novas eleições podem ser convocadas. Contudo, aliados esperam que um pedido de vista adie o julgamento para 2026. O entorno do governador vê o timing da decisão como estratégico: o caso ficou parado por meses e foi pautado justamente um dia após a megaoperação no Rio.

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