Justiça mantém proibição de lives de Virginia Fonseca; WePink registra ‘cancelamentos de pedidos’

Decisão foi publicada na quinta-feira, 30

A Justiça de Goiás manteve a decisão que impede Virginia Fonseca de realizar lives para promover os produtos da WePink até que comprove possuir estoque suficiente para atender à demanda dos clientes. De acordo com a defesa da influenciadora, a liminar causou uma “histeria generalizada” entre os consumidores, resultando em cancelamentos de pedidos. Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do TerraA decisão foi publicada na quinta-feira, 30. No recurso apresentado à 7ª Câmara Cível de Goiânia, os advogados tentaram derrubar a proibição apresentando várias alegações, entre elas, a queda nas vendas. Segundo os números apresentados, em agosto de 2025 foram registrados cerca de 8.862 pedidos, enquanto entre os dias 10 e 21 de outubro ocorreram 6.102 cancelamentos.“Considerada a média diária, a taxa de cancelamentos praticamente dobrou: passou de 285,87% por dia em agosto para 554,73 no período posterior à liminar, o que representa um aumento de aproximadamente 94,05%. Mantendo esse ritmo, o mês completo alcançaria cerca de 17.197 cancelamentos – quase o dobro do observado em agosto”, explica a defesa de Virgínia. No entanto, o juiz Fabiano Abel de Aragão Fernandes destacou o alto número de reclamações pós-venda. “Nos últimos seis meses foram registradas 32.446 reclamações em todo território nacional, o que representa uma média mensal de 5.407 reclamações e uma média diária de 180 reclamações”, apontou. “Ao contrário do que alegam, ao menos em uma análise perfunctória do agravo, referido número de consumidores lesados, em apenas seis meses, não pode ser considerado desprezível. Ao contrário, conferem densidade às alegações de práticas abusivas, em convincente desrespeito às normas protetivas do Código de Defesa do Consumidor”, destacou Aragão. Procurada pelo Terra, a defesa de Virginia Fonseca afirmou que só irá se pronunciar por meio dos autos.