Kilotones lança o EP “Terra Brasilis” sobre o surgimento da esperança em preparação para novo álbum da carreira 

Kilotones lança o EP “Terra Brasilis” sobre o surgimento da esperança em preparação para novo álbum da carreira 

Se o cenário mainstream do pop se encontra saturado de batidas e mensagens genéricas, é na cena independente que a criatividade sonora típica da música brasileira tem encontrado os expoentes mais interessantes. Um dos exemplos da afirmativa é o trio Kilotones, que lança o novo EP, “Terra Brasilis” nesta sexta-feira (25).

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Eles já apresentaram seu som em festivais como Rock in Rio, Lollapalooza e João Rock, eventos que sempre buscam a mistura sonora. Os irmãos trazem como influências para o novo lançamento o pagodão baiano, música eletrônica, reggaeton e mangue beat. “O novo álbum foi influenciado pela guitarrada paraense, a ciranda e o maracatu de pernambuco, o axé baiano, o rock brasiliense, o samba carioca, o lamento caipira paulista e o reggaeton de Porto Rico”, explica João Barrionovo que também afirma que o sincretismo cultural representa um pedaço da luta e esperança do povo brasileiro. 

Formado pelos irmãos de Ribeirão Preto, JP Barrionovo (guitarrista), AJ Barrionovo (baixista e vocalista), e Pedro Barrionovo (baterista e produtor), Kilotones apresenta sonoridade, que une a mistura rítmica com mensagens de esperança em tempos de caos. A sequência de lançamentos contará com três capítulos: No capítulo 1, cujo título é “Terra Brasilis”, conta com três faixas ‘Terra Brasilis’, ‘Aurora’ e ‘A Levantar’. Esse será o primeiro capítulo de uma sequência de três que vai culminar no novo álbum intitulado “A Terra Brasilis Brasilerô”. 

Neste primeiro EP, o Kilotones narra o surgimento da esperança como fio condutor da existência e aquilo que dá sentido à vida. “Talvez o tempo seja o senhor que ensina a lutar/ Talvez os passos firmes de hoje é de quem aprendeu a levantar”, dizem os versos de ‘A Levantar’, com refrão que invoca o ouvinte a caminhar sem medo. “Separamos a ordem de lançamento como se fossem capítulos apresentando como a Esperança surge, cresce e é celebrada”, explica AJ. 

Com a mistura de ritmos percussivos à sintetizadores eletrônicos, a banda garante um som encorpado, ainda que com formação enxuta. Ao lançar um projeto que tem liga entre todas as faixas, o Kilotones recupera do passado o conceito precioso do que é um álbum, com cada composição servindo como página de um livro que encaminha o ouvinte assim como o escritor que guia o leitor pela jornada do herói. “Cada música deste álbum representa um pouco desse Brasil que é complexo e fascinante ao mesmo tempo. Queremos transmitir uma mensagem de resiliência, mostrando que, apesar dos obstáculos, há uma luz vibrante e um espírito coletivo de esperança que nos impulsiona a olhar para um futuro melhor”, aponta Pedro. 

O mesmo ponto de vista sobre a sonoridade é compartilhado pelo produtor Paulinho Vaz, que comandou a produção do projeto ao lado de Pedro. Para ele, a atual guinada da banda é reflexo do amadurecimento dos irmãos. “Esse disco tem coisas muito interessantes. Eu acho que a banda trouxe muito a cara brasileira para o disco, sem deixar a pegada rock, de

tocada forte, com intensidade. Eu acho que as misturas de timbres, de beats eletrônicos, de coisas brasileiras, trazem uma identidade um pouco mais ampla e abre um campo para que a banda atinja um público que até então não a escutava”, conclui. 

Faixas de ‘Terra Brasilis’ 

Terra de Brasilis: “Ainda que o sol não sair/ Aqui dentro tem luz”, abre a letra antes de acusar a cooptação da história do Brasil pelos colonizadores. A abertura lembra algo do que faria o Sepultura quando chamou Carlinhos Brown para colaborar no clássico “Roots”. O teclado climático traz um senso de urgência enquanto a programação eletrônica chama para uma epifania. 

Aurora: Um chamado ao movimento, a faixa deixaria o saudoso Marcelo Yuka com orgulho. A poesia dos irmãos Barrionovo oferece a mão ao ouvinte para ajudá-lo a se levantar em períodos difíceis. “Eu vivo de migalhas/ Ou faço o meu próprio pão”, questiona o grupo de forma provocativa. 

A Levantar: A sonoridade leve resume o intuito do primeiro capítulo do álbum que está por vir. O refrão traz um riff animado, que provavelmente será um dos pontos altos nas apresentações da banda. 

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