Lázaro Ramos se emociona ao relembrar morte da mãe: – Sinto a presença dela
Lázaro Ramos abriu o coração durante participação no podcast Quem Pode, Pod!, apresentado por Fernanda Paes Leme e Giovanna Ewbank. O ator foi tomado de emoção e derramou lágrimas ao falar sobre a morte da mãe, Célia Maria.
– Sinto a presença dela. Ela é parâmetro de decisão das coisas para mim. O jeito de levar a vida. Quando estou muito reclamão, fico lembrando da história dela. Ela suportou tanta violência da vida, mas nos momentos que tinha de lazer, ela curtia.
O ator lamentou que a mãe não chegou a ver o seu sucesso profissional, pois morreu quando ele tinha apenas 19 anos de idade.
– Ela não viu nada. Dá até vontade de chorar. É, talvez, a maior falta que tenho. Antes de falecer, ela resolveu voltar para a escola, ela não teve chances de estudar. Na escola noturna, ela fazia teatro, ela me levava para ver, eu via aquilo e falava: Que lindo. Quando as coisas começaram a dar certo no teatro local [para mim], ela partiu. Parei de fazer teatro por um tempo, disse assim: Tudo que eu faço é para ela, para ela rir, gostar, aplaudir. Foi uma falta absurda, ela não viu nada.
Vida sexual
O bate-papo teve uma sessão picante quando Lázaro revelou detalhes de sua vida sexual com Tais Araújo, com quem é casado desde 2007 e possui dois filhos: Vicente, de 12 anos de idade, e Maria Antonia, de sete. O ator contou que com o passar do tempo o casal precisou encontrar formas de manter a relação animada.
– Eu vi o que ela falou, falou que o vibrador entrou na relação e entrou mesmo, não literalmente em mim, mas entrou na relação. Depois de 19 anos de casado, desculpa, a gente tem que ter criatividade, tem que fazer de tudo, é muito tempo. Por mais gostosa que ela seja, por mais legal que eu seja, tem que inventar alguma coisa para dar aquela animada. Se não animar, inclusive, vai terminar porque é importante.
Os dois tentam procuram manter relações sexuais com frequência, encontrando espaços na rotina da família.
– A gente inventa coisas, às vezes, a gente sai de casa. Mesmo porque as crianças, desde a pandemia, estão indo para o quarto o tempo todo. Então, às vezes, tem que dar aquele truque: esperar dormir, colocar para dormir e ocupar outros ambientes da casa. Fazer um barulho, bater uma cama na parede, falar coisas sujas. Às vezes sou caladinho, às vezes falo um negócio, meio exibido. Sou exibido, sou do [signo de] escorpião. Dar aquela exibida, levanta enrijecido e mostra: Olha como está hoje. Isso tudo é seu.
Separação
Lázaro relembrou que quando ele e Tais eram mais jovens, enfrentaram um término no namoro e a atriz começou a se relacionar com outro homem.
– Ela terminou, a gente voltou a transar, mas ela não queria voltar a namorar. Ela estava só querendo usar meu corpo. Eu sabia que ia voltar a qualquer momento, quando a gente se separou, eu falei: A gente vai voltar. Eu sabia. Os dois [quiseram a separação]. Acho que ela mais. Estava ruim.
Para ele, a separação teve sua importância:
– Foi importante por duas coisas: para dar um tempo, parar e pensar como estava a relação. Pensei muito nos meus erros, foi importantíssimo. Ao mesmo tempo, essa coisa de eu ter falado que eu não tive adolescência… Eu vivi um pouco uma adolescência tardia na separação. Você chega em outra cidade, não tendo vivido adolescência, tendo namorado pouco e você fica conhecido. Você começa a ter pessoas que se interessam por você. Tem uma vaidade, que é real, também não vou esconder. Tu chega em Salvador, os amigos que não são da área ficam: Está pegando quem? Aí eu mentia. Tinha isso. Falei: Separei, vou curtir. Mas tinha uma coisa no fundo dizendo assim: Amor, sua parada é a Taís. Até em determinado momento pensei em ver se tinha um outro caminho.
Ao ser questionado se doeu quando viu Taís namorando outra pessoa, Lázaro foi simples na resposta:
– Não! É porque estava ruim, estava precisando. A gente tinha que limpar algumas coisas e não ia limpar se tivesse junto. Tenho certeza. Só limpou porque teve a pausa. E na pausa a gente se reencontrou e se reconstruiu. […] Eu achava que esse negócio de dar um tempo é acabar. No meu caso não foi, foi um tempo mesmo.
Rede Globo
Já em outro assunto, o ator comentou a sua carreira profissional e o início na Rede Globo, quando apenas recebia ofertas para papéis pequenos, apesar de estar fazendo sucesso no cinema e teatro.
– Demorou [para aceitar a Globo]. Amor, adianta ter prestígio, mas como encaixa esse rosto aqui? Aí vinha uns convites que eu não aceitava. O porteiro dois. Tipo isso. Várias vezes. Personagens sem história. Muito.
O artista acreditava que não teria espaço Globo.
– Até parece pretensão, mas eu, por culpa do teatro, não tinha o sonho da Globo. E não é nem para ser arrogante, nem nada. Era só por achar que não tinha espaço para mim. Era isso. Achando uma boa empresa, ótimo, mas achava que eu estava tão valorizado que era melhor inventar um lugar, o que de fato aconteceu no cinema.