Leo Dias sobre Klara Castanho: ‘Brasil sem preparo para verdade’
Durante participação no programa “No Alvo”, do SBT, Leo Dias comentou sobre episódios que marcaram sua carreira. Um dos temas abordados foi a cobertura do caso envolvendo a atriz Klara Castanho. O jornalista reconheceu que sua conduta na época não foi adequada e demonstrou arrependimento pelas escolhas que fez.
Durante participação no programa “No Alvo”, do SBT, Leo Dias comentou sobre episódios que marcaram sua carreira. Um dos temas abordados foi a cobertura do caso envolvendo a atriz Klara Castanho. O jornalista reconheceu que sua conduta na época não foi adequada e demonstrou arrependimento pelas escolhas que fez.“Eu não menti, liguei pra ela. Guardei essas informações por meses, mas eu exagerei [na postura que adotei] porque as pessoas não estão preparadas pra toda a verdade do mundo. Eu invadi demais a privacidade dela”, declarou. O episódio repercutiu nacionalmente e gerou críticas à forma como o caso foi tratado pela imprensa.Durante o bate-papo, Leo refletiu sobre os limites da notícia. “Vale a pena, dar notícia sem 100% de confirmação?” Ele mesmo respondeu: “Não. Hoje eu entendi que não… Hoje não, já há bastante tempo… Mesmo 100% de confirmação! O Brasil não está preparado para toda a verdade de todo mundo”.Ainda no mesmo programa, Leo trouxe à tona outro momento delicado de sua trajetória: o enfrentamento ao vício em drogas. Segundo ele, o carnaval de 2012 representou um marco difícil. “O momento mais difícil foi um dia, um carnaval de 2012, se eu não me engano. Eu tinha que comparecer à Sapucaí para trabalhar… E eu não apareci nenhum dia porque eu fiquei usando droga em casa”, contou.Na sequência, disse que decidiu buscar ajuda. “E na quarta-feira de cinzas eu fiz a minha mala e fui andando da minha casa à clínica de reabilitação, onde eu me internei… Voluntariamente, numa clínica de reabilitação, sozinho, andando no meio da rua”.Ele também fez um alerta a quem enfrenta desafios semelhantes. “Um dos lemas do Narcóticos Anônimos é ‘só por hoje’, e a luta é só por hoje, porque o amanhã a gente trabalha. Busque ajuda, mude a rota, mude roteiros, mude telefone, mude pessoas, mude de ciclo de amizades. Troque hábitos, troque rotina”, afirmou. Para ele, o passo inicial é fundamental: “Mas o primeiro passo é admitir o vício. Se você não admitir o vício, de nada adianta.”Por fim, Leo Dias relatou que deixou o Rio de Janeiro durante a pandemia como parte do processo de reconstrução pessoal. “O Rio de Janeiro não estava me fazendo bem. Foi em plena pandemia. Foi 2020, todo mundo dentro de casa e eu me afundando ainda mais no vício”, relatou.Para ele, o litoral pernambucano trouxe um ambiente mais propício à recuperação. “Eu tive ajuda de algumas pessoas que me tiraram do Rio de Janeiro. Eu ainda tenho uma casa, um apartamento no Rio de Janeiro, mas eu apareço lá muito pouco. O Rio de Janeiro não me fez bem nesse sentido.”
