Mariana Goldfarb revela assédio sexual; modelo foi tocada em provador de roupa

mariana goldfarb

, modelo, influenciadora e mulher de Cauã Reymond, revelou ter sofrido assédio sexual quando estava dentro de um provador de roupas da loja de um shopping e teve as partes íntimas tocadas por um vendedor do estabelecimento. O depoimento de Mariana foi dado ao jornal O Globo.

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À publicação, Mariana abordou o assunto sobre a conversa que teve com a influenciadora Camila Coutinho na primeira temporada de seu podcast, em que as duas falavam sobre temas como assédio, maternidade, pressão estética, entre outros assuntos.

“Me fez chorar pra caramba. São temas comuns a todas nós, vamos nos curando juntas. Me fez muito bem, porque senti que não estava sozinha. Por mais que a gente veja, infelizmente, esse tipo de notícia o tempo todo, ter alguém ali também disposta a abrir uma coisa tão delicada num podcast é muito forte. Me deu vontade de me aprofundar no assunto. Eu trato esse tema com frequência na terapia. Para quem sofreu abuso, isso não vai embora. Você convive com aquilo, com medo, com culpa. E se eu tivesse agido de outra forma? E se tivesse denunciado, ido à polícia? E se eu tivesse feito alguma coisa? Por que eu não fiz nada? Será que estava com uma roupa inadequada? Esse pensamento machista, né? Será que fiz alguma coisa que deu a entender que o cara podia fazer isso? São pensamentos que passam na cabeça das mulheres. Justamente falando sobre isso que a gente fala assim: ‘Não, eu não fiz nada errado, não estava inadequada’. Eu só estava dentro do provador experimentando a roupa que ia comprar. Só falando quantas vezes forem necessárias a gente consegue se livrar dessas culpas”, contou.

Mariana foi ainda mais longe, dizendo que já havia passado por outras situações semelhantes como essa contada acima.

“Já rolaram várias vezes. A última vez que rolou muito forte tem cinco anos, que foi nessa loja. Aconteceu no meio do horário comercial. Nunca mais voltei ao shopping nem me lembro do rosto da pessoa. Se eu voltasse a essa loja, não conseguiria identificar o rosto dele. Foi apagado da minha memória. Antes já tinha acontecido em local de trabalho inúmeras vezes”, contou.

“Modelo tem muito pouco valor, é uma profissão pouco respeitada. E na época eu trabalhava muito como modelo. Na verdade nem é a profissão. As mulheres de maneira geral são desrespeitadas. Depois desta vez do shopping, eu andei tão escaldada… Eu sei lá, ando com medo, não deixo muito se aproximarem. Não denunciei esse cara nem do trabalho. Poderia ter. Às vezes me sinto muito irresponsável, porque o que esse cara fez comigo… Eu não fui a primeira”, revelou.

“Eu procuro ferramentas que me botem para agir, que me botem para denunciar um cara desse. A gente tem medo de denunciar um cara que abusou da gente. Eu ainda estou entendendo o porquê. Que medo é esse? Acho que a gente tem que investigar esse medo, entender de onde ele surge. Quando eu me sentir preparada, eu vou (denunciar). Esse homem da loja não tenho como, porque não sei o nome dele, não me lembro nada, não sei nada. Fiquei completamente paralisada. Mas do trabalho eu posso denunciar ainda. É uma em coisa que venho trabalhando, juntamente com minha analista, para conseguir fazer isso de uma maneira correta e consciente, mas para fazer. Queria poder te falar assim: “É esta pessoa aqui, nome, sobrenome, CPF e tal”. Mas não consigo fazer isso ainda”, desabafou.

Em outro momento da entrevista, Mariana falou a respeito de algumas provocações que costuma receber nas redes vindas de internautas. Algumas ela trata na terapia. Aconteceu recentemente quando uma pessoa escreveu dizendo que o cabelo da Grazi Massafera, ex de Cauã, era mais bonito que o dela. Com um bom jogo de cintura, ela respondeu. “Ai, também acho. O cabelo dela é lindo! E eu tenho a chance, a oportunidade de ver pessoalmente. Sempre e é aquele cabelo, mesmo”.

“O pior é que são mulheres que estão adormecidas para caramba, que ainda não despertaram para elas próprias. É um chamadão. Sabe aquele constrangimento educativo? É assim. Você tem que falar. Não que a pessoa vá se situar, é uma escolha de cada um. Mas, por exemplo, quando alguém faz piada racista, tem que haver constrangimento, senão ela não vai parar. Tem que educar, no bêabá”, disse.

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