Michelle x Janja: qual delas têm mais chances de ser a primeira dama do País? Conheça mais sobre as duas!

Michelle Bolsonaro e Janja Lila da Silva com a mão no queixo- Retrato

Falta pouco mais de um mês para as eleições presidenciais, uma disputa acirrada que traz na dianteira os oponentes e . Respectivamente atual e ex-presidente do país. Com as campanhas lançadas, a cada dia surgem mais e mais motivos dos defensores de um ou outro entrarem em campo por suas defesas.

Enquanto isso, longe da acirrada briga, Michelle e Janja, as candidatas a primeira-dama, mostram com primazia que estão prontas para assumirem seu papel ao lado dos respectivos maridos.

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Se houve um tempo em que a figura da primeira dama era meramente decorativa, o cenário mudou. E não foi agora! e, desde então, ficou feio ser apenas “a mulher do presidente”.

D. Ruth morreu aos 77 anos, em 2008, deixando como legado principal a criação do chamado terceiro setor, uma prática política por meio da sociedade civil. Organizada em ONGs, a ação se somou às medidas de governo e das empresas na busca pela melhoria das condições de vida para a população.

“Quando fui presidente, Ruth cooperava, mas com independência crítica. Jamais foi apenas ‘primeira-dama’, aliás não gostava de ser assim qualificada”, disse Fernando Henrique Cardoso em entrevista.

Antes dela, outras três primeiras-damas foram atuantes no País: Sarah Kubistchek, mulher de Juscelino Kubistchek; Darcy Vargas, de Getúlio Vargas; e Maria Thereza Goulart, de João Goulart. Sarah e Darcy tiveram grande atuação no assistencialismo, e Maria Thereza é considerada até hoje a primeira-dama mais bonita e elegante que o País já teve. Mas nenhuma conseguiu arrastar uma legião de fãs a ponto de se tornar um símbolo como foram, por exemplo, , Jackie Kennedy, nos Estados Unidos e mais recentemente

Diante disso, a reportagem de OFuxico reuniu características de Janja e Michelle, destacando a trajetória de vida pessoal e pública de ambas, afim de que possamos conhecer um pouco mais daquela que será o braço forte e a mão amiga ao lado do próximo mandatário da nação.

MICHELLE BOLSONARO

Esqueça a candidata a primeira-dama da campanha de 2018, que pouco falava, ou melhor, pouco aparecia e quando o fez, em outubro, em cima do lance, surgiu em uma propaganda descrevendo Jair Bolsonaro como “um cara humano, que se preocupa com as pessoas e muito brincalhão”.

Michelle de Paula Firmino Reinaldo, mãe de Laura, de 11 anos, filha caçula de Bolsonaro está mais “desenvolta” nesta segunda campanha do marido. Tanto que discursou em agosto, na Praça da Apoteose, no cento do Rio de Janeiro, para cerca de 30 mil evangélicos.

“Nós vamos sim trazer a presença do Senhor Jesus para o governo. E vamos declarar que essa nação pertence ao Senhor”, disse Michelle, com o dedo em riste, na Marcha para Jesus.

Ela só passou a participar mais ativamente a partir do último mês de julho e desde agosto, se tornou onipresente na campanha. Em eventos religiosos, diz que marido é “escolhido de Deus”, faz coreografias e canta músicas gospel.

Comenta-se que , que lhe teriam causado labirintite.

PROFISSÃO: INTÉRPRETE DE LIBRAS

Nascida na Ceilândia, uma das regiões mais pobres do Distrito Federal, Michelle tem quatro irmãos e é filha de Maria das Graças Firmo, uma dona de casa, e Vicente de Paulo, um motorista de ônibus aposentado. Conhecido como “Paulo Negão”, o pai de Michelle já foi citado diversas vezes por Bolsonaro para rebater críticas sobre falas consideradas racistas.

Mais velha entre os cinco irmãos, Michelle começou a trabalhar logo depois do Ensino Médio. Foi demonstradora de produtos em um supermercado e só desistiu da carreira de modelo por conselho de uma colega da igreja proteste.

Quando questionada sobre sua profissão ela afirma ser intérprete de libras. , Michelle Bolsonaro defende os direitos das pessoas com necessidades especiais e fez a ligação do marido com essa comunidade, incentivando-o a assinar um termo de compromisso para melhorar a qualidade de vida dos deficientes.

Evangélica praticante, ela é frequentadora da Igreja Batista Atitude, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, mesmo bairro onde fica o condomínio à beira-mar em que o casal mora. Na igreja, Michelle é integrante do Ministério de Surdos e Mudos. Ela conta que aprendeu Libras por influência de um tio que é surdo e se aprofundou na linguagem em 2015.

No ambiente familiar, Michelle destaca uma personalidade forte. Mas na vida pública, em sua experiência como primeira-dama, preferiu não se arriscar em discursos e cenas de protagonismo.

HISTÓRIA DE AMOR

, os dois se conheceram quando Michelle era secretária na sala da liderança do PP, na Câmara, em 2006.

Ela, então, foi levada pelo deputado para trabalhar em seu gabinete e logo casaram-se no civil, em regime de separação de bens. Em 2008, com a súmula do Supremo Tribunal Federal que impedia o nepotismo no serviço público, ela deixou o cargo.

O então deputado – – foi batizado no Rio Jordão, em Israel, em 2016, pelo pastor Everaldo Dias, da Assembleia de Deus e presidente do PSC, partido com o qual ele rompeu em 2017.

Faltava apenas que ele revertesse a vasectomia que havia feito, para realizar o desejo de Michelle ser mãe novamente. E foi assim que Laura, a única filha depois de quatro homens, nasceu.

Bolsonaro, por vezes, já fez piada sobre isso: “No quinto (filho) eu dei uma fraquejada, e veio uma mulher”, declarou.

Em 2013, o pastor Silas Malafaia comandou a cerimônia de casamento de Michelle e Jair, com festa para 150 pessoas e com direito capas de revistas de noiva: “Você é um pedaço de mim”, declarou Bolsonaro a Michelle na ocasião.

Reprodução/Instagram/@michellebolsonaro

CASOS DE FAMÍLIA

O lado materno da família de Michelle foi mantido à distância pelo casal desde que Jair Bolsonaro decidiu concorrer à Presidência. A avó materna, Maria Aparecida, cumpriu pena por tráfico de drogas no anos 90. Já a mãe, Maria das Graças, foi indiciada por falsidade ideológica em 1989, mas o processo ficou anos parado na Justiça e acabou arquivado por prescrição. Nenhuma das duas foi convidada para a posse em 2018.

Em agosto de 2020, a avó de Michelle morreu por complicações causadas pela Covid-19 em um hospital de Brasília. O Planalto publicou uma nota de pesar após parentes reclamarem publicamente da falta de assistência da neta famosa.

BOMBANDO NA WEB

Segundo a consultoria Bites, que fez um levantamento recente sobre a atuação de Michelle, ela é “um dos principais ativos digitais” do presidente.

Na terça-feira, 30 de agosto, a atual primeira-dama apareceu em uma inserção de 30 segundos em que a campanha de Bolsonaro exalta a entrega da obra da transposição do Rio São Francisco. Em sua fala, ela acena às mulheres nordestinas, região onde o candidato à reeleição enfrenta dificuldades.

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Entre 26 de julho e 25 de agosto, Michelle Bolsonaro ganhou 185 mil novos seguidores no Instagram, com um pico de ganho no começo do mês, justamente quando ela começou a “botar a cara” na campanha.

Cientistas políticos apontam que a visibilidade que a primeira-dama está tendo com essa mudança de postura cria a possibilidade para que Michelle procure uma carreira política própria, embora ela não tenha – ainda – dado sinais de interesse.

JANJA LULA DA SILVA

A socióloga Rosângela Silva, a Janja, de 56 anos, e assumiu postos estratégicos na pré-campanha do ex-presidente.

Ela foi oficialmente apresentada como namorada de Lula em 2019, quando o petista – – deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde esteve preso após condenação em processo da Lava Jato.

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Paranaense de União da Vitória, cidade na divisa com Santa Catarina, Janja estava morando em Curitiba quando começou a namorar o candidato à presidente. Ela era figura presente no acampamento montado por apoiadores de Lula enquanto ele esteve na carceragem da PF.

Embora o relacionamento ser relativamente recente, os dois se conhecem desde as “caravanas da cidadania” do petista, nos anos 90. Tanto que, nas redes sociais, Janja se descreve como uma “petista de carteirinha” e está filiada ao Partido dos Trabalhadores desde 1983.

Apaixonado, o petista .

Lula e Janja casamLula e Janja casam
Foto: Reprodução Twitter @LulaOficial/Ricardo Stuckert/Ascom PT

ENGENHEIRA POR FORMAÇÃO

Formada e pós-graduada na Universidade Federal do Paraná, trabalhou em uma empresa de engenharia da Usina Hidrelétrica de Barra Grande. Janja passou sete anos no Rio de Janeiro cedida à Eletrobras, onde atuou na área de comunicação social.

Já em 2003, durante o governo Lula, foi indicada a um cargo na Itaipu Binacional, onde fez carreira desenvolvendo projetos ligados ao desenvolvimento sustentável e à inclusão social. Ela se aposentou na empresa em 2020.

ATIVA NA PRÉ-CAMPANHA

Assim Michelle Bolsonaro assumiu um papel de destaque no projeto de reeleição do marido, Janja também tem participado ativamente, desde a pré-campanha petista.

Um dos destaques foi a regravação do jingle “Sem Medo de Ser Feliz”, que foi usado pela primeira vez na eleição presidencial de 1989. Janja articulou todo o processo, um presente para Lula.

“A reedição do clipe ‘Sem medo de ser feliz’ foi mais que uma surpresa para meu bem, foi uma mensagem de amor e esperança ao Brasil”, disse ela.

Coube à ela também a escolha dos nomes de Teresa Cristina e Bela Gil para, respectivamente, cantar o hino nacional e ser a mestre-de-cerimônias do evento de lançamento da pré-candidatura Lula.

Janja esteve em todas as agendas ao lado de Lula. Além disso, nas redes sociais, ela costuma publicar fotos dos encontros e divulgar as pautas e discursos de Lula.

INFLUÊNCIAS DE JANJA

Alguns integrantes do PT contaram que as recentes falas de Lula sobre alimentação saudável e de defesa dos animais encampadas são por influência de Janja.

“Não falo só do pessoal voltar a comer churrasco, mas também o pessoal vegetariano, que não come carne, poder comer uma boa salada orgânica”, discursou o ex-presidente.

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No último mês de março, Janja liderou um evento na Fundação Perseu Abramo, responsável por discutir o plano de governo petista, para debater a inclusão da defesa dos animais e da alimentação saudável.

Vale destacar que Lula ficou viúvo duas vezes. Primeiro de Maria de Lourdes da Silva, em 1971,

RESSIGNIFICAR O CARGO

Questionada por seguidores sobre a possibilidade de se tornar primeira-dama do Brasil, Janja disse que vai “trabalhar” para que isso possa se concretizar, mas ressaltou que, caso assuma o posto, quer atribuir novo significado.

“Vamos trabalhar para eu me tornar essa primeira-dama que vocês esperam. E tem um segredinho: vamos tentar ressignificar esse conceito de primeira-dama. Mais para a frente a gente vai falar sobre isso”, disse.

QUEM É MAIS CONHECIDA, MICHELLE OU JANJA?

Uma pesquisa feita pela Quaest, que ouviu 1.500 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 12 e 15 de agosto, aponta que para 77% dos eleitores a atual primeira-dama Michelle Bolsonaro não influencia a sua decisão de voto no primeiro turno. Outros 81% disseram o mesmo sobre a socióloga, Rosângela da Silva, a Janja, esposa do ex-presidente Lula.

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Os entrevistados acreditam que elas ainda não possuem tanto impacto para angariar votos.

A campanha de Jair Bolsonaro tem apostado na participação da primeira-dama para conquistar as mulheres evangélicas. Nos eventos e nas redes sociais de Lula, Janja também ocupa lugar de destaque, sendo frequentemente mencionada pelo petista em seus discursos.

A pesquisa mostra que o cenário ainda é favorável para o crescimento de ambas. Entre os eleitores que a conhecem, Michelle é bem vista por 59%. Janja, por 50%.

A esposa de Bolsonaro, contudo, é mais conhecida: 57% dos eleitores sabem quem é ela, enquanto 19% sabem quem é Janja.

As mulheres são maioria do eleitorado (cerca de 82 milhões) em todas as faixas etárias e nos maiores colégios eleitorais. Entre elas, Lula tem 46% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro registra 30%.

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